No dia 7 de setembro de 1822, as tranquilas
margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, ouviram o grito de liberdade do
heroico povo brasileiro, nas célebres palavras do Príncipe Regente D. Pedro, as
quais ecoaram por todo o país: Independência
ou Morte!
Assim, o Brasil conquistava, naquele
instante, a sua autonomia política.
Mas, e a Pátria? A Pátria somos nós: a
família, as pequenas e grandes comunidades, a sociedade como um todo, com suas
diferenças de raça, cor, sexo, religião, classe social, formação intelectual e
condição econômica.
E nós somos livres? Somos, mas não todos,
pois a liberdade da Pátria é algo que se conquista nas lutas de todos os dias,
lutas por direitos sociais, por políticas públicas, pela Vida.
E nessas lutas diárias, ferrenhas, constantes,
em vez da independência tão almejada, muitos brasileiros encontram a morte,
como escravos das drogas e do trabalho escravo ou como vítimas fatais da falta
de segurança, da violência, da guerra urbana, do trânsito louco, da miséria, da
falida saúde pública, da indiferença e da injustiça social.
Comemorar o Dia da Pátria é, sobretudo,
festejar as nossas vitórias de cada dia, o respeito aos direitos conquistados,
a consciência do dever cumprido, o exercício dos princípios democráticos com
nacionalismo e dignidade.
Nosso povo, seus representantes políticos e
suas autoridades estão deveras preparados para essa comemoração?
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