segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A ILHA CONTA SEUS CAUSOS: A COBRA GRANDE

 

Na Ilha do Mosqueiro, as histórias sobre a Cobra Grande são muitas, vêm atravessando os tempos e ainda assustam as pessoas, talvez pelo fato de a sucuri – uma das maiores serpentes do mundo – pertencer à nossa fauna insular. Aqui existe um rio e um bairro cujos nomes dados pelos índios lembram esse prodigioso ofídio: Sucurijuquara (lugar de sucuriju).

Essas histórias misturam lenda e realidade; fascinando, inclusive, as crianças e enriquecendo o nosso imaginário popular.

clip_image002

André Penha Azevedo – Turma 222 – CB II 2º. ano

A mulher encantada

Texto de Anderson Chaves, Francisco Araújo e Everton Nazareno Silva – Turma 522 –CB III 1º. ano.

“Era uma vez uma mulher que se virava em Cobra Grande; ela morava numa casa muito longe do rio e quando dava meia-noite ela ia para o rio e se virava em cobra e comia pessoas que pescavam no rio. Cada vez que ela comia uma pessoa, ela passava meses para comer outra. Um dia, um pescador viu a Cobra Grande e ela encantou e mundiou, mas o homem matou a cobra.”

FONTE: (Lima Gama, Rosangela C. e Santos Andrade, Simei. “Mosqueiro Conta em Prosa e Verso o Imaginário Amazônico”. PMB, 2004, pp. 51e 53)

Cobra Grande (Cobra Honorato)

clip_image003

A Lenda da Cobra grande é uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico que fala de uma imensa cobra, também chamada Boiuna, que cresce de forma gigantesca e ameaçadora, abandonando a floresta e passando a habitar a parte profunda dos rios. Ao rastejar pela terra firme, os sulcos que deixa se transformam nos igarapés. Conta a lenda que a cobra-grande pode se transformar em embarcações ou outros seres. Aparece em numerosos contos indígenas. Um deles conta que em certa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiuna, deu à luz a duas crianças gêmeas. Uma delas, um menino, recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Mas a Índia não queria as crianças e para ficar livre dos filhos, ela jogou as duas crianças no rio. Entretanto as crianças não morreram, e conseguiram sobreviver e se criaram. Honorato não fazia nenhum mal, mas sua irmã tinha uma personalidade muito perversa. Causava sérios prejuízos aos outros animais e também às pessoas.

Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas maldades.   Segundo muitas pessoas narram, Honorato em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo e elegante rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.

Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita audácia para derramar leite na boca da enorme cobra e fazendo um ferimento na cabeça dela até sair sangue. Porém ninguém tinha coragem de enfrentar a enorme cobra. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, e ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra como um homem e com sua família.

FONTE: http://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/honorato/

A Lenda da Cobra Grande

clip_image004

Arte de Paulo Felipe M. Olimpo--Ticuna - O Livro das Árvores. 1997

Esta é uma lenda muito conhecida pela nossa população. Tem sido tema para nossa música, poesia e folclore. Quando éramos crianças, sempre brincávamos dizendo que embaixo dos edifícios por onde passávamos, poderia estar a tal cobra...

A Lenda

Há muito tempo, existiu em uma das tribos do Amazonas, uma mulher muito perversa que inclusive, devorava crianças. Para por fim a tantas dores causadas por ela, a tribo decidiu atirá-la no rio, pensando que ela morreria afogada e nunca mais viesse a perseguir ninguém. Porém, Anhangá, o gênio do mal, decidiu não deixá-la morrer e casou-se com ela, dando-lhe um filho. O pai transformou o menino em uma cobra, para que ele pudesse viver dentro do rio. Porém, logo a cobra começou a crescer e crescer...

O rio tornou-se pequeno para abrigá-la e os peixes iam desaparecendo devorados por ela. Durante a noite seus olhos iluminavam como dois faróis e vagavam fosforescentes por sobre os rios e as praias, espreitando a caça e os homens, para devorá-los. As tribos aterrorizadas deram-lhe o nome de Cobra Grande.

Um dia a mãe da Cobra Grande morreu. Sua dor manifestou-se por um ódio tão mortal que de seus olhos brotavam flechas de fogo atiradas contra o céu e dentro da escuridão, transformavam-se em coriscos. Depois deste dia, ela se recolheu e dizem que vive adormecida debaixo das grandes cidades. Contam também que ela só acorda para anunciar o verão no céu em forma de Serpentário, ou durante as grandes tempestades para assustar, com a luz dos relâmpagos, as tribos apavoradas.

clip_image005

Fonte: Jornal "A Crítica", Manaus, AM

Página integrante da seção de Lendas do site de Rosa Clement

FONTE:http://www.sumauma.net/amazonian/lendas/lendas-cobragrande.html

PESQUISE NESTE BLOG:

http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/05/mosqueiro-lendas-e-misterios-fabrica.html

http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/07/mosqueiro-lendas-e-misterios-misteriosa.html

http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/09/mosqueiro-lendas-e-misterios-lenda-do.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário