domingo, 29 de junho de 2014
sábado, 28 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
JANELAS DO TEMPO: O MASTRO
O Mastro, um tronco de árvore enfeitado com folhagem e frutas, é o principal elemento profano que caracteriza as festas juninas. Pelas ruas da Ilha do Mosqueiro, o Mastro é carregado nos ombros de muitos devotos, os quais misturam fé e folia num cortejo em que se nota o entrelaçamento do religioso e do profano. Aliás, a presença da Bandeira do Santo, que será hasteada no topo do Mastro, atenua o aspecto materialista da festa.
O significado do Mastro, entretanto, tem sua origem nas antigas festas pagãs e seu cortejo é uma comemoração da fertilidade do homem e da terra. O Mastro, por conseguinte, é um antigo símbolo fálico, isto é, uma representação do próprio órgão sexual masculino.
terça-feira, 24 de junho de 2014
MEIO AMBIENTE: ÁGUA E TURISMO
Autor: Arthur Soffiati
Postado por Pedro Leão
Praia em Mosqueiro –Verão/2009
Fonte:diariodopara.com.br
Podemos reconhecer três grandes domínios na superfície do planeta. O maior deles é a talassosfera, a esfera formada pelas águas marinhas. A segunda é a epinosfera, constituída pela terra firme. A terceira é a limnosfera, reunindo os ecossistemas aquáticos continentais superficiais e subterrâneos.
Há quem diga que a Terra deveria chamar-se planeta Água, já que 70% da sua superfície é dominada pelos oceanos. Em termos de área, de fato, a água é soberana. Em termos de volume e de massa, porém, as rochas duras e fragmentadas em diversos graus prevalecem. Sob a mais profunda fossa abissal existe rocha de alguma forma.
Sabe-se também que a água é de vital importância para os seres vivos, quase todos eles apresentando em seus organismos uma composição semelhante à superfície do planeta: 70% de líquido. E não apenas no corpo a água é vital, senão também que no entorno de cada indivíduo.
O ser humano e a água
Desde os primórdios do Homo sapiens e mesmo dos hominídeos, a água cumpre várias funções, além de manter o organismo em equilíbrio. Nas antropossociedades de economia extrativista e de vida nômade, os ecossistemas aquáticos marinhos e continentais eram fonte de alimento, meio de higiene e via de comunicação. O naturalista alemão Hermann Burmeister, empreendendo uma expedição científica no Brasil do Século 19, escreveu que os índios eram anfíbios, pois adoravam viver na água dos rios.
Para as antropossociedades pré-urbanas de economia rural e vida sedentária, a água, além dos usos anteriores, servia também para a irrigação agrícola e dessedentação do gado. Por sua vez, as sociedades históricas viveram em estreita dependência da água, seja drenando seu excesso, seja irrigando os solos áridos para a agropecuária. Basta examinar as civilizações mesopotâmica, egípcia e andina em suas origens.
Por mais que os ecossistemas aquáticos marinhos e continentais fossem usados para a recreação, não se pode falar em seu aproveitamento para o turismo, visto que esta atividade nasce no ocidente, no Século 19.
Em O Território do Vazio, um livro que já se tornou clássico, Alain Corbin demonstra que a praia deixou de ser um lugar de desembarque e de pescadores e passou também a ser apreciada pela aristocracia e pela elite intelectual como um território a ser frequentado para banhos, caminhadas, cavalgadas e temporadas. A praia é criada pelo imaginário europeu no final do Século 18 e merecerá obras literárias de prosa e poesia. Esta atração se estende por todo o Século 19 e chega aos nossos dias.
Há, porém, uma diferença significativa entre a maneira de olhar a praia nos Séculos 18, 19 e 20 em comparação ao Século 21. O ponto de encontro entre a talassosfera e a epinosfera foi incorporado à cultura europeia como local para tratamento de doenças. Proliferaram as praias medicinais por toda a Europa e o mundo europeizado.
No Brasil, havia praias cercadas, com hotéis em que pessoas enfermas se hospedavam para recuperar a saúde. Acreditava- se que o sal e a água fria e limpa lavavam as doenças do corpo e da alma. Também os rios adquiriram este significado no imaginário ocidental. Gilberto Freyre, no intuitivo livro Nordeste, de 1937, analisa a relação da lavoura canavieira com as águas continentais. Diz ele que, na fase do engenho, que perdurou do Século 16 ao final do Século 19, o ser humano aceitou os rios com suas curvas e caprichos, sem macular em demasia suas águas. Nelas, banhavam-se nuas moças brancas e doentes pelo confinamento residencial e pelo uso de roupas inadequadas.
As casas, prossegue ele, tinham suas frentes voltadas para os rios, com trapiches por onde desembarcavam seus proprietários e agregados bem como visitantes.
Era possível beber de suas águas sem filtração ou fervura, ainda que houvesse uma verdadeira aversão pelas águas paradas das lagoas e dos brejos. O advento da usina e do engenho central movidos a vapor, mudou a relação da agroindústria sucro-alcooleira com os rios. Pouco a pouco, as casas lhes viraram as nádegas, que passaram a despejar nas águas a calda quente e fétida resultante da produção do açúcar e do álcool.
As águas e o turismo
Só final do Século 19 e princípio do Século 20, as águas, já dessacralizadas pela sociedade industrial, passam a despertar interesse recreativo e turístico. Marcos Polette explica como um rio, uma lagoa e uma praia passam de paraíso a inferno. Primeiramente, aparece um ricaço num ecossistema aquático rústico, habitado, no máximo, por comunidades tradicionais de pescadores. Suas belezas naturais motivam-no a conseguir um terreno por meios lícitos ou ilícitos, onde constrói uma casa para os finais de semana e para os meses de veraneio.
O encanto do local leva-o a convidar amigos para passarem fins de semana ou temporadas. Esses também se interessam em adquirir um terreno e construir uma casa. O processo se repete e se multiplica. Os intrusos passam, então, a pleitear do poder público a pavimentação da estrada de acesso para facilitar a viagem. Por ela começam a chegar aqueles que pretendem passar apenas um dia. Para atendê-los, aparecem os construtores de pousadas e de hotéis. Casas mais simples passam a ser construídas. A economia das comunidades tradicionais é desmantelada. Os primitivos moradores são empregados pelos donos de mansões, pela rede hoteleira e pelo comércio ou são expulsos do lugar.
Assim, o turismo autofágico acaba subtraindo dos ecossistemas aquáticos marinhos e continentais a beleza que estimulou a sua ocupação. Depois de tornar insuportável o atrativo, os pioneiros ricos saem à procura de outros lugares para iniciar o mesmo processo. Viveram esta trajetória as praias de Tijuca, de Leblon e Ipanema, de Copacabana, de Cabo Frio e Búzios, de Guarapari e arredores, da Bahia e do Nordeste, de um modo geral. O mesmo sucedeu com as lagoas da Região dos Lagos do Estado do Rio e com quase todos os rios.
O ecologismo, o turismo e as águas
A crise ambiental da atualidade está levando à construção de um novo paradigma ou a uma nova atitude diante da natureza. O ecologismo é que melhor a expressa. Praias, rios e lagoas não são apenas as bordas do mar ou as margens que canalizam um curso d’água ou que encerram uma porção dela. São ecossistemas em que a água, posto que vital, é um dos componentes de um todo complexo incluindo solo, subsolo, estrutura geológica, clima e seres vivos. Como ensina a ecologia, os ecossistemas, por mais generosos que sejam, têm limites. Se estes são infringidos até o ponto de retorno possível, eles tendem a restabelecer o equilíbrio. Caso contrário, é preciso a intervenção humana para restaurá-los.
Em resumo, os ecossistemas aquáticos marinhos e continentais são finitos e devem ser respeitados na sua singularidade. Eles não são depósito de lixo e esgoto. Habitam-no plantas, animais e outros organismos indispensáveis à sua saúde.
Estamos longe ainda de observar os preceitos do novo paradigma. A maioria das pessoas continua deixando a ética na ponta de um pau, como fez Macunaíma ao deixar a Amazônia, quando colocam os pés numa praia, num rio ou numa lagoa. Diante de nós, vislumbramos dois horizontes. Um deles foi bem descrito por Ignácio de Loyola Brandão no romance Não Verás País Nenhum, com praias cercadas e interditadas para o banho, devido à sua poluição, e com rios e lagoas contaminados e secos. O outro consiste no esforço de mudanças culturais, de proteção aos ecossistemas aquáticos e de restauração dos que foram degradados por um turismo consumista e predatório.
Fontes: Revista Eco 21, Ano XIII, Edição 77, Abril 2003.
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/ecoturismo/artigos/agua_e_turismo.html
http://mosqueiroambiental.blogspot.com.br/2010/06/agua-e-turismo.html
MOSQUEIRANDO: O que aconteceu e acontece com tantas praias no litoral brasileiro também foi e continua sendo um fato notório e inconteste registrado nas praias mosqueirenses. As férias de julho vêm aí e não é demais lembrar que, para o bem da Ilha e saúde geral, todos nós, habitantes do lugar, turistas, visitantes, comerciantes, barraqueiros, vendedores ambulantes, fiscais, agentes de saneamento e autoridades temos a obrigação de manter limpos todos os espaços públicos, principalmente as nossas praias.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
SÃO JOÃO MOSQUEIRENSE: QUADRILHA CHARME DA ILHA
Autor: José Carlos Oliveira
CHARME DA ILHA, QUADRILHA JUNINA DE MOSQUEIRO, FEZ BONITO NA NOITE DO DIA 21/06, NO PORTAL DA AMAZÔNIA.
Quadrilha Charme da Ilha fez bonito na programação de quadrilhas juninas do "ARRAIÁ DA CAPITÁ", promovido pela Prefeitura Municipal de Belém, realizado na noite de ontem (21/06) no Portal da Amazônia.
A apresentação da quadrilha contou com o desfile da mulata cheirosa, miss caipira e miss simpatia.
Uma noite de muito êxito, elegância e bela apresentação pelos participantes. Fui lá prestigiar!
Mais imagens no blog: http://mosqueirojunino.blogspot.com
FONTE: https://www.facebook.com/jcsoliveira.carlos
sexta-feira, 20 de junho de 2014
NA ROTA DO TURISMO: PRAIA DE JANEQUARA
Entrando pela baía do Sol e subindo o Furo das Marinhas, vamos encontrar, antes da Ponta do Queimado, na costa sudeste da Ilha do Mosqueiro, uma pequena faixa arenosa denominada Praia de Janequara. O acesso a esse lugar pouco conhecido também pode ser feito através de uma longa trilha com o mesmo nome, aberta na mata a partir da Rodovia Augusto Meira Filho.
A praia de Janequara é frequentada, principalmente, pelos adeptos do turismo de aventura, praticantes de canoagem, ciclismo e trilha ecológica.
O nome que designa a praia significa “lugar de Jane”, sendo um termo híbrido formado pelo nome próprio Jane (vindo do hebraico e do francês antigo Jeahne: agraciada por Deus) e do radical indígena coara: lugar). Quem o criou ainda não sabemos, assim como desconhecemos quem é a pessoa homenageada com o nome dessa pequena e selvagem praia de rio. O certo é que o radical coara encontrado em denominações de outros lugares da Ilha (Sucurijuquara, Pratiquara) lembra a antiga presença dos tupinambás nas terras mosqueirenses.
No Google Earth, encontramos alguns registros da praia de Janequara captados nas fotos de Pedro Paulo:
Sobre a Praia de Janequara, o Professor-poeta Alcir Rodrigues escreveu:
Janequara: olhares para aquém e além
Já pudeste vislumbrar
a faixa arenosa
da praia de Janequara?
Ela age como uma bígama,
pois ousa trocar
com seus consortes
dois longos e
simultâneos beijos –
O beijo bege-verde
e o beijo bege-barrento
(ou cobreado...).
A praia se nutre
da essência da clorofila
da mata
e dos zoofictoplanctuns
do líquido fluxo
indo e vindo da Baía-do-Sol
ou do Furo das Marinhas,
paragem esta
de cima e de longe
espionada
por olhos algodoados e azulados...
Imagine ali naquelas plagas
uma alma
s o l i t á r i a
que desliza no piso
frio e macio do rio,
o remo deslocando
a montaria:
músculos, braços e mãos,
em automatismo,
enquanto os olhos
já filmam
a verdura
das Ilhas Maruins,
absorto o pensamento
na piema
do pouco peixe,
e siri e camarão vasqueiros,
que ele está levando
para casa,
... para a casa e
(mais ainda)
para as barrigas
roncando,
enquanto ao longe
um caminhão da Ricosa
na pista da ponte
Sebastião Rabelo de Oliveira,
carregando produtos
alimentícios
para o outro lado da Ilha
onde eu,
saboreando
uma bolacha Cream Cracker
e sorvendo café com leite,
deslizo a esferográfica Bic
para,
no leito destas páginas,
imprimir estas imagens
puramente ficcionais
e,
paradoxalmente,
nascidas da mais
pura realidade...
FONTE: http://moskowilha.blogspot.com.br/2014/06/janequara-olhares-para-aquem-e-alem.html
quarta-feira, 18 de junho de 2014
A ILHA CONTA SEUS CAUSOS: UM CAUSO DE CARNAVAL
As aparelhagens que tocavam nas festas naquela época eram o Primavera (Gold Som), o Copacabana (Ki-bacana) e o Internacional (A Explosão do Som). Era ao som dessas aparelhagens que as famílias encontravam-se para brincar o carnaval ou nos arrastões dos Blocos mais tradicionais do Mosqueiro, hoje escolas de samba, os “PELES VERMELHAS” e os “PIRATAS DA ILHA”, entre outros blocos de sujos.
João fechou os olhos, abraçou-a e beijou-a. Nesse momento, O SINO DO RELÓGIO DO MERCADO deu doze toques. Era meia-noite...
Após oito meses, João não havia esquecido a moça. Precisava voltar à sua vida normal.
sábado, 14 de junho de 2014
sexta-feira, 13 de junho de 2014
EVENTO CULTURAL: FORROILHA 2014
Começa hoje na Ilha de Mosqueiro um dos concursos mais disputados do Estado do Pará na quadra junina. É o Concurso Intermunicipal de Quadrilhas Adultas.Todas as grandes Quadrilhas vão estar presente.
VEJAM ALGUMAS QUADRILHAS QUE SE APRESENTAM NESTA SEXTA:
-Ousadia do Amor
-Fogaréu Junino
-Cheiro Cheiroso
-Simpatia de São João
-Os Idosos Mosqueirenses
-Rosas de Ouro
-Raízes do Sol
-Encanto da Juventude
-Hiper na Roça
-Os Tancredinhos
-Roceiros da Barão
VEJAM ALGUMAS APRESENTAÇÕES DO SÁBADO:
-Charme da Ilha
-Simpatia da Juventude
-Alegria do Povo
-Explosão Junina
-Romance Matuto
-Sensação Caliente
-Mandacaru
-Encanto Mojuense
-Fuzuê Junino
-Buscapé
-Sorriso Junino
-Palmeiras do Açaí
-Fusão Junina
VEJAM ALGUMAS APRESENTAÇÕES DO DOMINGO:
-Encanto Paraense
-Santa Luzia
-Sensação Maritubense
-Mistura Fina
-Revelação Mosqueirense
-Revelação de São João
-Nova Geração Junina
-Encanto Tropical
-Açucena do amor
-Forró Sanfonado
Milhares de mosqueirenses e visitantes vão estar presentes na Praça da Matriz neste final de semana. O FORROILHA ajuda a preservar a cultura popular e fortalece os grupos folclóricos. Mas, considero que o mais importante é a geração de renda para centenas de pessoas que têm seus comércios na Praça da Matriz.
FONTE: https://www.facebook.com/eduarda.louchard?hc_location=timeline
quarta-feira, 11 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
O FOLCLORE E A ILHA: BOI-BUMBÁ
Autoria: Mosqueiro Vírgula
O Boi-bumbá é uma manifestação folclórica encontrada em quase todos os municípios paraenses. E é no mês de junho que são feitas as apresentações, ainda em sua formação original. É provável que a trama venha das histórias nascidas com o ciclo do gado, nos séculos XVII e XVIII, quando a vida girava em torno do boi e de sua criação.
Conta-se que na Belém da segunda metade do século XIX, o Boi-bumbá reunia negros escravos em uma dança que misturava ao ritmo forte a representação de um motivo surpreendente para a época: a luta de classes dentro da sociedade colonial. O boi acabou se tornando uma das manifestações mais autênticas da cultura paraense.
A história encenada no Boi-Bumbá é quase sempre a mesma, com pequenas alterações. Um boi foi comprado para a festa de aniversário da esposa do fazendeiro. Quando o animal chegou, o feitor recebeu ordem para tratá-lo bem. Ao lado dessa fazenda morava uma família composta pelo pai Francisco, "Nego Chico", sua mulher Catarina, seu compadre Cazumbá e mãe Guiomar.
Mãe Catarina, grávida, desejava comer o fígado do boi. Pai "Chico" então resolveu procurar um. O primeiro que encontrou matou. Só que, antes que mãe Catarina realizasse seu desejo, apareceu o dono do boi falando que o bicho era de estimação e que desejava seu boi vivo.
Todos saíram à procura de um pajé para ressuscitar o boi. O pajé foi logo pedindo cachaça, defumação e tabaco. Sentou-se no seu banco, passou cachaça nos braços, acendeu um cigarro e abriu os trabalhos.
Assim que o boi é ressuscitado todos cantam e dançam. O animal começa a fazer investida contra as pessoas que assistem à encenação. A composição do elenco varia de grupo para grupo e de região para região. De um modo geral todos incluem ainda a moça branca filha do casal de fazendeiros, vaqueiros, Cuzumbá, Mãe Catirina, Nego Chico (um preto velho), os índios com seu chefe, o doutor curador, o macumbeiro, o padre e o tripa (a pessoa que dança embaixo do boi).
FONTE:https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1436551003264957&id=100007302125955
MOSQUEIRANDO: Na Ilha do Mosqueiro, o primeiro boi-bumbá surgiu em 1916 e chamava-se Pai do Campo. Seu criador: Raimundo Santana Oliveira, conhecido como Nego Tuíra. Para conhecer melhor essa história, pesquise neste blog:
http://mosqueirando.blogspot.com.br/2010/06/janelas-do-tempo-raimundo-o-boi-e-cobra.html
sábado, 7 de junho de 2014
MEIO AMBIENTE: A ESTRANHA ORIGEM DE NOSSA COMIDA EXÓTICA
Em u'a madrugada deixaram Ibacapuranga (Céu Bonito) e desceram para a terra. Descansaram no enorme disco da Iupê-jaçanã (Vitória-Régia) e se puseram a caminho para o centro da terra. Quando as duas se preparavam para descer o Ibibira (abismo), Caninana Tyba mordeu a alva face de Jacy que, sentindo a dor, derramou copiosas lágrimas amargas sobre uma extensa plantação de mandioca.
Depois disso, a face de Jacy nunca mais foi a mesma pois as mordidas da caninana, marcaram-na para sempre.
Das lágrimas de Jacy surgiu o tycupy (tucupi).
O tucupi é ácido cianídrico.
Todavia, as nossas avoengas descobriram que poderiam vencer esse veneno deixando-o exposto ao sol por três ou quatro dias ou, então, depois de "descansado" (tempo em que a tapioca sedimenta-se no fundo do vasilhame), é fervido, ficando o tucupi pronto para o consumo humano.
Dessa massa (a tapioca) e da pimenta murupi surgiu a primeira iguaria exótica, nascida da sapiência das nossas avós amerabas.
Os autóctones desconheciam o sal. E o arubé, apesar de ardente, era o que dava um gosto às comidas insossas, além do que a sua causticidade as tornava mais saborosas.
De exotismo em exotismo, surgiu a tiquara, que chegou até nós como o nome de chibé.
A tiquara, ou chibé, nada mais é que a farinha de mandioca, com a água fresca dos igarapés, bebida em uma cuia pitinga.
Houve na história do Pará um instante onde o humílimo chibé foi reconhecido como alimento.
Ia acesa a Revolução Paraense, infamantemente conhecida por Cabanagem.
As tropas legais reclamavam por alimentos.
O marechal Manuel Jorge, irado com os protestos, perguntou aos reclamantes:
-- E os sediciosos o que é que comem?
Os perguntados responderam:
-- Chibé!...
-- Então, comam-no também, respondeu o marechal mal humorado.
OS ÍNDIOS FOGEM
Quando da descoberta do Brasil viviam na faixa larga da mata atlântica vinte e cinco milhões de ameríndios. A matança foi impiedosa e os autóctones tornaram-se nômades. Guaicuru, Temimino, Carijó, Aymoré, Tamoio puseram-se a andar, perseguidos implacavelmente pelo civilizado.
Aí as nossas avoengas mostraram para o que vieram. Responsáveis pela manutenção dos alimentos para os seus filhos, traziam em grandes cabaças o tucupi, o jambu, a carne de caça moqueada ou peixe, prática que elas haviam descoberto muito antes.
Era deliciosa a carne de anta moqueada com o tucupi ou então a folha da maniva, mascada pelas mulheres da taba em tempos de paz. Mascavam-na à beira de um igarapé corrente, para que a água lavasse a maniva desse modo triturada.
Se a carne moqueada no tucupi conservava-se por oito dias, a maniva cozida com carne de caça durava quinze dias.
Esse uso e costume deram origem a dois pratos exóticos da Amazônia - o pato no tucupi e a maniçoba - e ainda outra bebida, agora já com requintes de sabedoria das mulheres amazônidas, o tacacá.
O último bolsão dos ameríndios foi o Sul da Bahia e eles encetaram a grande marcha para o vale amazônico na metade do Século XVI. Nessa caminhada foram distribando-se. Belém ainda não havia sido fundada.
Começam as modificações
Ingleses, holandeses e franceses também se deliciaram com os produtos da mandioca.
Como não poderia deixar de ser, a chegada dos portugueses e brasileiros deu início ao hibridismo da alimentação do natural da terra.
Introduziu-se o sal, as carnes salgadas, o trigo e a cana-de-açúcar. Desta forma, a carne moqueada, que o autóctone conservava no tucupi e no jambu (conhecido mais tarde como o agrião do Pará), e que servia para alimentação dos amerabas, foi perdendo a sua forma primitiva.
De mutação em mutação chegou até nós o pato-no-tucupi.
Hodiernamente com o tucupi prepara-se peixe, carne de porco, frango, peru e dezenas de outros pratos. Apesar dessas mudanças é considerado de sabor selvagem para alienígenas.
Em antanho, nestas paragens, quando a leve viração do entardecer, trazia da floresta perfumes sutis, onde o da baunilha preponderava, era a hora em que, ao depois de um refrescante banho de igarapé, os naturais da terra preparavam-se para saborear o tacacá (mingau, para o português).
Esse mingau com seus ingredientes balanceados, no que concerne a toxidez do tucupi e o ardume da pimenta-de-cheiro, deveu-se a sapiência das índias. Defendendo-se desses males, as nossas avós amerabas, adicionaram o jambu (planta nativa do Pará) e a goma da tapioca. O primeiro age contra o tucupi e o segundo lubrifica as mucosas do aparelho digestivo contra o ardume da pimenta. Para torná-lo mais saboroso, juntavam-se pequenas piramutabas moqueadas.
Essa bebida também sofreu transformação quando o temperaram com o sal e substituindo-se o peixe pelo camarão salgado.
O duo de sabores selvagens que engalanam a mesa na quadra mais amorosa do paraense é o pato-no-tucupi e a maniçoba. O principal dia dessa quadra é o domingo do Círio de Nazaré. Na hora do almoço, em milhares de casas, nesse momento de recolhimento, toda a família reúne-se em volta da mesa para saborear esses acepipes.
Oito dias, dura o cozimento da maniçoba.
Seu principal ingrediente é a folha da mandioca brava e quem descobriu a gostosura desse produto, foram as matriarcas do povo paraense.
No princípio, como já dissemos, elas mascavam as folhas para triturá-las, e depois de lavadas em água corrente, coziam-nas adicionando-lhes gordura e nacos de carne de anta.
Como os portugueses receberam de herança dos mouros a mão de almofariz, que eles, os lusos, chamavam de pilão, quando vieram para cá, o trouxeram e ele se encaixou perfeitamente na trituração da folha da maniva. Atualmente as máquinas elétricas de moer encarregam-se desse trabalho.
Também essa iguaria sofreu transformação.
O português provou e aprovou. Todavia, acostumado com as suculentas "olhas" da santa terrinha, adicionou ao cozimento da maniçoba toda a sorte de carnes salgadas, principalmente do porco, do boi, as tripas e o mocotó, quase se assemelhando as "olhas".
Os nossos ancestrais ameríndios eram ferrenhos defensores da natureza, pois sabiam o tempo certo da caça para o alimento e da colheita dos frutos das arvores, principalmente a castanha, que adicionavam em seus saborosos beijus.
Ah! Os beijus...
O beiju, depois da farinha, é o alimento mais afamado e cantado em verso e prosa, por cronistas de todos os tempos, não só no Brasil, mas, em toda a América pré-colombiana, que já conhecia o seu sabor e o modo de prepará-lo.
Para isso teriam que saber identificar a mandioca amarga da doce.
Processo simplicíssimo. O pecíolo da folha da mandioca brava é verde e da doce, vermelha. São três as espécies da maniva brava: a branca, a amarela e a roxa.
Antes, bem antes da invasão do civilizado, as nossas avós faziam um enorme beiju espalmado, que o padre João Daniel, escreveu chamar-se de beiju-açu e que apenas quatro desses beijus poderiam alimentar vinte pessoas.
Afinal qual a configuração de um beiju? É um bolo chato, com a forma mais comum de um disco, variando para meia-lua quando dobrado, e losangular.
O beiju carimã é uma casta de beiju feita com a mandioca roxa, a mesma que é usada no preparo de uma bebida chamada caxiri, que os índios tomam na festa da puberdade das jovens. O caxiri tem a cor e a doçura de um espumante champanhe.
A variedade de beijus é imensa. Ele torna-se mais saboroso quando feito no leite tocari e adicionando-lhe a castanha do Pará, a sapucaia e a de caju. Aí, então, o seu sabor fica incomparável.
Você sabe por que "Ilha de Mosqueiro”?
Os primeiros europeus a vencer a grande embocadura do Rio-Mar de Orellana foram flibusteiros espanhóis, em 1520, tendo um deles, eleito uma das ilhas do Rio Pará, como sua base de operações. Seu nome: Ruy de Moschera.
Saído da Espanha com destino às terras do Adelantado Cabeza de Vaca, no atual Estado de Santa Catarina, à altura dos Açores foi sua nau açoitada por tempestades que, além de avariá-la, fê-lo perder a rota e, por obra do acaso, deu com os costados na embocadura do grande rio onde fortes correntes marítimas empurraram-na para dentro.
Na ilha foi recebido amistosamente pelos naturais da terra denominados morubira (homens cabeludos, no idioma Tupi). Estes, além de o ajudarem a tornar o seu barco pronto para a navegação, forneceram-lhe farta quantidade de comida.
Moschera deixou-se ali ficar por largos meses, tempo em que, em incursões pelas Antilhas, abordava, saqueava e afundava caravelas inglesas, francesas e holandesas.
Um dos alimentos que mais agradaram a Moschera e sua tripulação foi a farinha d'água, produto resistente à mais alta umidade.
Do mundo de palmeiras no Vale Amazônico, restam apenas o açaí e a bacaba, que ainda podem ser encontrados.
O açaí resulta de uma emulsão em água de seus frutos violáceos quase pretos. Os nossos avôs amerabas, tomavam-no puro ou com mel de abelha.
No passado o mingau de açaí, dava às crianças amazônidas, descendentes de índios uma grande robustez, graças à constituição de seus frutos.
Da popular bacaba (Oenocarpus distichus), com os seus frutos pouco maiores que os do açaí, prepara-se um vinho de gosto agradável e de grande valor nutritivo.
O queijo dos nossos antepassados era mais saboroso do que qualquer queijo da face da terra.
Eles faziam-no das frutas da árvore do japurá. Cozinhavam os frutos até transformá-los em massa que arredondavam, depois, embrulhavam-na nas folhas da bananeira sororoca, levavam-na ao moquém. Quando a polpa do japurá, reduzida à massa, atingia certo grau de acidez, colocavam-na em água corrente -- sempre embrulhada nas folhas da bananeira sororoca -- conservando-a ali como numa geladeira natural.
Antigamente comia-se de modo mais puro, deliciando-se com o sabor selvagem de nossos alimentos.
Bibliografia:
Notícia do Brasil - José de Anchieta - Fundação do Projeto Rondon, Minter, 1965 - Brasília.
História do Brasil - 1500/1627, Frei Vicente Salvador, 4ª edição. Edições Melhoramentos, 1954, São Paulo.
Meu Torrão - Viriato Corrêa, 5ª edição. Companhia Editora Nacional, 1957 - São Paulo.
Dicionário Guarani-Português - Luíz Caldas Tibiriçá, Traço Editora, 1989 - São Paulo.
A Amazônia Cyclopica - Jorge Hurley, A. Coelho Branco (Editor), 1931 - Rio de Janeiro.
O Tesouro Descoberto no Rio Amazonas - Frei João Daniel, Biblioteca Nacional, 1936 - Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro do Meu Tempo - Luiz Edmundo, 1º volume, Editora Conquista, 2ª edição - Rio de Janeiro,1924.
Memória Histórica da Villa de Morretes e do Porto Real - de Antônio Vieira dos Santos, tomo 1º, 1851, publicação da Secção de História do Museu Paranaense, 1950, Curitiba-Paraná.
Dicionário Histórico-Biográfico do Estado do Paraná - Luís Roberto N. Soares, Editora Livraria do Chain - Banco do Estado do Paraná, 1991 - Curitiba.
História de Santa Catarina - Oswaldo R. Cabral, 2ª edição, 1934, Editora Laudes, 1934, Flrianópolis-Santa Catarina.
Dicionário - A Língua Tupi na Geografia do Brasil - Orlando Bordoni, Editora Gráfica Muto, Campinas-São Paulo, apoio cultural, Banestado - o Banco do Paraná.
Lendas e Mitos do Brasil - Afrânio Peixoto, Livraria Francisco Alves, 1914 - Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.orm.com.br/tvliberal/revistas/npara/edicao8/comida.htm
FONTE: http://mosqueiroambiental.blogspot.com.br/2013/06/a-estranha-origem-de-nossa-comida.html
terça-feira, 3 de junho de 2014
CARNAVAL NA ILHA: ELEIÇÃO DE DIRETORIA
EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÃO DA DIRETORIA E CONSELHO FISCAL DA UNIVERSIDADE DE SAMBA PIRATAS DA ILHA PARA O QUADRIÊNIO 2014/2018.
A Comissão Eleitoral, no uso de suas atribuições, convoca os associados da Universidade de Samba Piratas da Ilha, para participarem da eleição que definirá a Diretoria e o Conselho Fiscal no Quadriênio 2014/2018.
A eleição ocorrerá no dia 15 de junho de 2014, na sede do Casarão da Seresta, com início às 10h e término às 14h.
Conforme dispõe a Legislação vigente, a forma de eleição, tanto da Diretoria, quanto do Conselho Fiscal consistirá na apresentação de chapas, as quais deverão conter os cargos e os nomes completos dos candidatos correspondentes.
As chapas serão compostas pelos seguintes cargos na Diretoria:
•Presidente;
•Vice-Presidente;
• O Conselho Fiscal será composto por: 03 (três) membros titulares e 03 (três) suplentes.
A eleição será feita por voto individual, direto e secreto.
No caso de chapa única, a eleição dar-se-á por aclamação expressa à chapa apresentada.
No caso de outras chapas, será a vencedora a que tiver maior número de votos.
Os candidatos e votantes deverão ser sócios regulamentares, conforme dispõe o Estatuto Social, e levar documento de identidade.
Obs.: Os interessados em montar uma chapa para concorrer à eleição deverão entregar a ficha de inscrição com todos os cargos preenchidos à Comissão Eleitoral, até o dia 13/06/2014 às 10h.
Atenciosamente,
Mosqueiro, 31 de maio de 2014.
Comissão Eleitoral
Lista de Fundadores e Sócios da U. S. Piratas da Ilha com direito a voto e a ocupar cargo eletivo.
Ata de Fundação | |
1 | Claudionor dos Santos Wanzeler |
2 | Orlando A Rabelo |
3 | Paulo Jorge Cruz da Silva |
4 | Raimundo Edivaldo Teles de Souza |
5 | Gilberto Teles de Souza |
6 | João Batista do ... Silva |
7 | Carlos de Souza Cruz |
8 | Agostinho Godinho Pereira |
9 | Diógenes Godinho Pereira |
10 | Adnan Mathias Pereira |
11 | Edivaldo J. Caldeira |
12 | Antonio Carlos Mendonça da Cruz |
13 | Raimundo Sérgio de Azevedo Corrêa |
14 | Carlos Alberto Leal |
15 | João Efraim Neto |
16 | Luis Paulo de Oliveira |
17 | Carlos Augusto de Souza |
18 | Maria ... |
19 | .... Farias .... |
20 | Maria dos Reis Bitencourt Cabral |
21 | Albertina do R. Carvalho |
22 | Maria Castro |
23 | Maria ... Farias da Silva |
24 | Raimunda Araújo |
25 | Antonia Lima Bentes |
Atas de Aprovação de Associados | |
1 | Adalberto Lira de Almeida |
2 | Alciberto Tabosa dos Reis |
3 | Aldo de Vasconcelos Alvarez Rodrigues |
4 | Alessandro Pacheco de Almeida |
5 | Altair da Silva Gomes |
6 | Amaury Sebastião Coelho da Conceição |
7 | Ana Maria Matos do Monte |
8 | Ana Maria Xavier da Silva |
9 | Anderson Manoel Coelho da Conceição |
10 | Antonia de Fátima Palheta |
11 | Antonio Carlos Campos da Silva |
12 | Antonio Carlos do Nascimento |
13 | Antonio Carlos Mendonça da Cruz |
14 | Antonio Moraes de Sousa |
15 | Artur Mendes de Brito |
16 | Augusto Amandio Santos Ribeiro |
17 | Aurélia Bárbara Coelho Conceição |
18 | Bernardina Nazareno de Sousa |
19 | Carlos Alberto de Moraes Leal |
20 | Carlos Alberto dos Santos Lopes |
21 | Carlos Alberto dos Santos Lopes |
22 | Carlos Augusto Sousa Santos |
23 | Carlos Denilson Pereira Santos |
24 | Carmem Dolores de Freitas Jorge |
25 | Claudionor dos Santos Wanzeller |
26 | Cleobery José Coelho Barros |
27 | Cristiano do Socorro Pacheco de Almeida |
28 | Deoneide Mathias Fonseca |
29 | Edgar Augusto Gonçalves Gurgel do Amaral |
30 | Edilberto Wander Sousa Barbosa |
31 | Edinaldo Josué Gomes da Silva |
32 | Edivaldo João Caldeira |
33 | Eliete Bastos da Cunha |
34 | Eloiza Pacheco de Almeida |
35 | Elson B. de Oliveira |
36 | Eymard Mariano Silva Cordeiro |
37 | Fernando Rabelo Furtado |
38 | Flávio Ramalho Ferreira |
39 | Francisca Pinheiro |
40 | Francisco Carlos Mendes da Silva |
41 | Francisco da Silva Reis |
42 | Francisco José de Mendonça Santos |
43 | Gabriel Angelo Silva Cordeiro |
44 | Geraldo Teles de Sousa |
45 | Geraylton Rocha de Sousa |
46 | Gilberto Teles de Sousa |
47 | Heber Trindade Silva |
48 | Humberto Andraade Rabelo |
49 | Ianejaci do Socorro Oliveira da Silva |
50 | Iolanda Simões Mathias |
51 | Jaime dos Santos Carvalho |
52 | João Batista Favacho de Sousa |
53 | João Lima da Cunha |
54 | João Martinho Azevedo Corrêa |
55 | João Sidney Cabral Paiva |
56 | João Sidney Cabral Paiva |
57 | Joaquina Oliveira Ferreira |
58 | Jorge Abdala Francez |
59 | Jorge Abdala Francez |
60 | José de Ribamar Souza |
61 | José Fernando C. da Silva |
62 | José Francisco Moraes da Cruz |
63 | José Geraldo Cruz da Silva |
64 | José Luiz Mendes da Silva |
65 | José Luiz Rebelo Pereira |
66 | Jucival Chagas de O. Filho |
67 | Lauro José Nascimento Bernardes |
68 | Lázaro Benedito N. do Monte |
69 | Ledemarisa do S. Bastos de Sousa |
70 | Lúcia de Fátima da Silva |
71 | Luciléa R. Carvalho |
72 | Lucileide Carvalho de Oliveira |
73 | Lucivaldo Santos Ferreira |
74 | Luis Henrique B. Costa |
75 | Luís Paulo de Oliveira |
76 | Luiz Henrique B. Costa |
77 | Luiz Roberto Nascimento Bernardes |
78 | Luiz Sebastião da Silva |
79 | Manoel Mário do Carmo Santos |
80 | Manoel Reginaldo da Conceição |
81 | Maria Diva Magalhães P. Bitencourt |
82 | Maria do Socorro Boaventura |
83 | Maria Dulcelina B. da Silva |
84 | Maria Emília da Silva Reis |
85 | Maria José Cruz da Silva |
86 | Maria Madalena da Cruz e Silva |
87 | Maria Raimunda Castelo de Oliveira |
88 | Maria Suely Cardoso Souza |
89 | Marilda Bentes Tavares |
90 | Mario Jorge Botelho |
91 | Miguel Ferreira da Silva Junior |
92 | Milton Bastos da Silva |
93 | Nilda Benedita Bastos Botelho |
94 | Olinto Moraes Rendeiro |
95 | Orlando de Andrade Rabelo |
96 | Oscar Rabelo Furtado |
97 | Paulo Jair Santana Costa |
98 | Paulo Jorge Cruz da Silva |
99 | Paulo Sérgio Correa de Oliveira |
100 | Paulo Sérgio Mendes da Silva |
101 | Pedro Paulo da Silva Sousa |
102 | Raimunda Cruz da Silva |
103 | Raimunda da Costa Cardoso |
104 | Raimundo Bentes Fróes |
105 | Raimundo do Socorro Ferreira |
106 | Raimundo Edivaldo Teles de Sousa |
107 | Raimundo Jorge F. Oliveira |
108 | Raimundo Lira de Almeida |
109 | Raimundo Luiz de Sousa Moraes |
110 | Raimundo Sérgio de Azevedo Corrêa |
111 | Redson da Costa Pinheiro |
112 | Regina Célia Cruz Dias |
113 | Regina Cleide X. Rendeiro |
114 | Romeu Conceição da Fonseca |
115 | Rosileide Sousa Queiroz |
116 | Rosilene de J. Sousa Queiroz |
117 | Rosinaldo de Sousa Queiroz |
118 | Rosivan de Souza Queiroz |
119 | Sergio Ronaldo Rabelo Furtado |
120 | Silvana Cavalcante Dantas |
121 | Sinomar Dias Naves |
122 | Vanda Suely Fonseca |
123 | Washington Sebastião Cabral Paiva |
124 | Washington Sebastião Cabral Paiva |
125 | Wellington Carlos Sousa Barbosa |