domingo, 9 de setembro de 2012

MEIO AMBIENTE: ILHA DO MOSQUEIRO: TENSORES AMBIENTAIS NO ESTUÁRIO AMAZÔNICO

Autor: Pedro Leão

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Os tensores ou estressores ambientais podem ser descritos como qualquer fator ambiental que retira energia de organismos, restringe o crescimento e a reprodução deles, ou perturba o equilíbrio de um sistema mobilizando seus recursos e aumentando seus gastos energéticos (ODUM, 1988).

Nos ambientes aquáticos e seu entorno, muitos tensores ambientais têm se manifestado, decorrentes da supressão das matas ciliares, da excessiva exposição do solo associada a práticas agrícolas degradadoras, da introdução equivocada de espécie animais e vegetais, do lançamento de esgotos e lixo nas águas dos rios, da exploração inadequada de areia e argila, e em muitos casos, da falta de planejamento e cuidados com a malha viária local, causando carreamento de particulados para os leitos dos rios.

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Estuários apresentam características ambientais únicas que resultam em elevada produtividade biológica. Esses ecossistemas desempenham papéis ecológicos importantes, como exportadores de nutrientes e matéria orgânica para águas costeiras adjacentes, habitats vitais para espécies de importância comercial, além de gerarem bens e serviços para comunidades locais.      .

Assentamentos urbanos e o desenvolvimento de atividades industriais, portuárias, pesqueiras, de exploração mineral, turísticas, entre outras, sem planejamento adequado, vem colocando em risco os atributos básicos dos estuários brasileiros e ecossistemas associados; resultando na diminuição da qualidade de vida da população local.

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Tensores de origens antrópicas vêm pondo em risco os ambientes naturais e a vida no Estuário Amazônico, sendo este considerado uma das regiões mais produtivas do país, estimando-se que cerca de 40% da produção brasileira seja originária desta área. Esta riqueza faz com que o local seja um grande polo industrial de exploração de recursos pesqueiros.

As ilhas próximas à cidade de Belém como Combu, Onças, Mosqueiro e Outeiro, situam-se na área intermediária do estuário amazônico, ou seja, uma área de transição entre a água doce (ao sul da Baía de Guajará e à direita do Rio Guamá) e a água salgada (ao norte de Belém na altura da cidade de Colares). Dentre os ambientes que a integram estão os rios, igarapés, as florestas, a várzea, as baías, os campos alagados e as praias das ilhas.

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Face a sua localização no Estuário Amazônico, a Ilha de Mosqueiro é influenciada ambientalmente pelo oceano atlântico.  A influência marítima do atlântico afeta as águas estuarina (salinidade), sobretudo quanto ao estoque pesqueiro e a dinâmica do sistema sustentável de pesca artesanal local.

Ao localizar-se no estuário Amazônico, a Ilha de Mosqueiro nas últimas décadas, vem sofrendo influência e recebendo impactos sócio-culturais e históricos de todas as ordens e em ritmo acelerado no seu espaço de ocupação e produção, pela ação de diversos atores sociais, pelo controle, uso e gestão de seus recursos naturais.

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Na ausência de um plano de desenvolvimento local sustentável (PDLS) para as ilhas de Mosqueiro e políticas de gestão ambientais compartilhadas induzidas pela administração regional de Mosqueiro e em parcerias com outros órgãos de gestão e fiscalização em outras esferas, garantindo na forma da lei, uso, controle, promoção e gestão dos recursos ambientais, potencializam-se e desenvolvem-se tensores antrópicos na ilha, sobretudo na faixa litorânea e nos corpos d’águas que ali deságuam, trazendo fortes passivos ambientais ao local e comprometendo direta e indiretamente a qualidade de vida de sua população.

Baseado em literaturas da área cientifica e em observação in loco na Ilha de Mosqueiro, apresentamos o quadro abaixo, demonstrando os principais tensores, seus impactos e prejuízos.

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Diante de sua dramática realidade, sobretudo sócioambiental, qual e como será o futuro desta comunidade tradicional da Amazônia, a bucólica Ilha de Mosqueiro?

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Depende da responsabilidade de cada um... na vivência do presente e na construção de um futuro ambientalmente responsável para as gerações futuras! Moradores, visitantes e poder público, sobretudo da administração pública local!

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REFERÊNCIAS:

Considerações Ambientais para o Desenvolvimento Sustentável da Atividade Portuária: uma análise da interface porto-estuário. In.:www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/rct20art12.pdf

FIDELMAN, P.I.J. Impactos causados por tensores de origem antrópica no sistema estuarino do rio Santana, Ilhéus, Bahia.

www.aba-agroecologia.org.br/ojs2/index.php/.../6639

Procedimento Administrativo N°. 1.23.000.002652/2007-11- MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Procuradoria da República no Pará.

www.prpa.mpf.gov.br/news/2011/AR_Poluicao...Mosqueiro.../file

www.basa.com.br/.../Revista/.../Revista_Amazonia_9_Completa.pdf

www.ibcperu.org/doc/isis/13408.pdf

FONTE: http://mosqueiroambiental.blogspot.com.br/2012/09/ilha-de-mosqueiro-tensores-ambientais.html

PESQUISE NESTE BLOG:

http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/07/ilha-de-mosqueiro-praticas-de-pesca.html

http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/09/pesca-na-ilha-participacao-das-mulheres.html

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