domingo, 25 de setembro de 2011

A IMAGEM E O TEMPO: A TAPIOQUINHA DA VILA

Autor: José Carlos Oliveira

clip_image001

clip_image002

clip_image003

clip_image004

 

A ilha de Mosqueiro não se resume aos 17 quilômetros de praias de rio, água doce, banhadas por baías e cujas ondas se assemelham às de praias oceânicas. Também não se limita a um balneário procurado por foliões na época do Carnaval e por centenas de milhares de veranistas no mês de julho. Mosqueiro, “Bucólica” para os “experientes” ou, ainda, “Moscow” para os mais jovens, dista apenas 70 quilômetros, por rodovia, do centro de Belém, mas, apesar de não mais ter a paisagem original de algumas décadas atrás, ainda é o refúgio de quem busca tranquilidade e uma ligação mais estreita com a natureza.

Uma das maiores tradições do Estado é o café da manhã regional, tomado na Praça da Matriz da Vila, em uma das 20 barraquinhas padronizadas, bem em frente ao Mercado Municipal. Às cinco e meia da manhã, junto com os primeiros raios do sol, o cheiro do café com leite, da tapioca, do cuscuz, mingaus e sucos convidam os primeiros fregueses ao desjejum. Para os moradores da ilha, um orgulho: não há quem resista às delícias. “Até hoje não encontrei uma única pessoa, em visita a Mosqueiro, que tenha ficado indiferente a esse cardápio”, garante o pescador Júlio Silva.

Quanto mais cedo, mais fácil encontrar a venda dessas iguarias, que carregadas em tabuleiros, são vendidas pelas ruas e sempre envoltas em folhas de bananeira, como determinou a tradição. À parte a tradição, que não pode ser ignorada, um cardápio de sabores exóticos é outro dos atrativos da Tapiocaria da Vila, que as tapiocas são servidas secas ou molhadas, com ou sem recheio, conforme a vontade do freguês. De acordo com as comerciantes, chegam a vender juntas, diariamente, três mil unidades do produto, ou 200 kg de goma por mês.

“Aqui, quando o dia amanhece, já tem gente procurando o desjejum. Entre 5h30 e 22 h, graças a Deus não temos sossego. É claro que no fim de semana faturamos mais, entretanto podemos atender melhor o cliente com mais calma durante a semana”, conta Dora Araújo, proprietária da “Tapiocaria da Dora” e que há 30 anos trabalha no local.

FONTES: Texto e fotos do autor.

http://tapioquinhadavilademosqueiro.blogspot.com/2010/09/tapioquinha-da-vila.html

http://tapioquinhadavilademosqueiro.blogspot.com/2010/09/tapioquinha-de-mosqueiro-com-90-anos-de.html

Para saber mais sobre a Tapioquinha da Vila, acesse o site acima.

O AUTOR:

Mosqueirense, residente na Bucólica e domiciliado em Belém, Bacharel em Administração (CESEP) e Licenciado em Letras (UEMA), concluiu o curso técnico no Colégio Honorato Filgueiras, participou de movimentos comunitários, projetos e seminários direcionados ao futuro da Ilha, entre eles “Belém um novo carnaval”, “Integração Escola-Comunidade”, “Orçamento Participativo”,  entre outros. Tem contribuído com trabalhos e projetos em prol da cultura local e da auto-estima do povo, cabendo citar “Canto de Saudade e de Amor pela Ilha”, concurso de poesias, em homenagem aos 105 anos da Vila; “I e II Expomos”, exposição de fotografias, em nível de foto varal, realizado na Praça da Matriz,e Festival do Moqueio (Jul/2001), que deixou de ser realizado por falta de apoio de apoio da Agência Distrital de Mosqueiro, entre outros registrados no cartório de registro de títulos e documentos. Atualmente, exerce atividades no grupo Yamada, já tendo exercido atividades bancárias, por mais de 12 anos, construção civil e seguradora. Casado, dois filhos, mais de 45 anos de idade. Um profissional competente há mais de 25 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário