terça-feira, 15 de março de 2011

JAELAS DO TEMPO: E. S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MARACAJÁ




A Escola de Samba Estação Primeira de Maracajá foi fundada no dia 13 de março de 1987, quando seus idealizadores se reuniram na Escola de 1º Grau “Prof. Remígio Fernandez”, localizada no bairro do Maracajá. Como sócios fundadores, assinaram a ata Iracema Cezar Jardim, Lucivaldo Favacho Cezar, Sebastião Ferreira da Silva, Miguel Trindade Barbosa, Edna Maria Cruz Furtado, Laércio Wanderley de Brito Santana, Rufino Dias Soares, Francisco do Nascimento Jardim, Sílvio Bentes da Silva, Manoel Cezar, Gerson Araújo Teles, Leandro Ferreira da Silva, Pedro Paulo Castro Cardoso e Hernandes Barbosa. Na ocasião, foi eleita a primeira diretoria da entidade, cabendo a presidência da Executiva à Srª Iracema Cezar Jardim e o cargo de vice-presidente a Lucivaldo Favacho Cezar.
Como tantas outras escolas de samba, a Estação Primeira de Maracajá surgiu de um bloco de sujos (como se dizia na época), cujos integrantes viviam, naquele momento, a alegria e a descontração eufórica do mais perfeito espírito carnavalesco. No entanto, antes de pensarem na organização de uma escola, haviam brincado, durante anos, o carnaval livre e irreverente dos blocos que se transformariam nas raízes da agremiação: “Sovaco de Cobra” (1985), “Unidos Secaremos” (1986) e “Puxe o Saco Mas não me Quebre o Pau” (1987). E foi, justamente, na chegada desse último bloco, depois de uma divertidíssima tarde de carnaval, que um grupo de amigos reunidos no bar sugestivamente denominado Ponto Final, bebendo umas cervejinhas, cantando, batucando nas mesas e conversando, tiveram a repentina ideia de fundar uma escola de samba.
Assim, a partir de 1988, a E. S. Estação Primeira de Maracajá foi às ruas da ilha e, durante esses vinte e quatro anos de existência, teve os seguintes administradores: Iracema Cezar Jardim (1987 a 1997), Raimundo Nonato Bentes (1998 a 1999), Gildeliza Favacho Cezar da Trindade (2000 a 2002), Guilherme Brasil (203 a 2006), Sebastião Ferreira da Silva (2007 a 2009) e, novamente, a partir de 2010, Iracema Cezar.
Nesses anos de existência, a Estação Primeira de Maracajá recebeu várias premiações, entre as quais se destaca o Troféu ESTRELA (1991 e 1992) pela realização de grandes eventos e, em 1993, por ter sido a promotora do melhor evento do ano: A ESTAÇÃO VAI À PRAIA. A premiação aconteceu no Baile das SUPER STARS, promovido pelo Araçagy Praia Clube de Mosqueiro e coordenado por Sidirley Profeta. Também teve suas Rainhas Alessandra do Socorro Souza Bentes, Minéia Cezar Jardim e Lilian Aragão vencedoras do Concurso Rainha das Rainhas do Carnaval Mosqueirense. Em 2009, sua candidata Lysandra Santos foi eleita Musa do Carnaval de Mosqueiro, evento realizado pela ONG VIVA MOSQUEIRO. Nos Concursos Oficiais de Escolas de Samba promovidos pela Prefeitura Municipal de Belém (FUNBEL), a Estação Primeira de Maracajá sagrou-se Campeã em 1991 e 1995.
Por anos consecutivos, a escola desenvolveu enredos baseados em temas políticos ou regionais: “Teve uma vez em Mosqueiro”, de Sebastião Ferreira da Silva (1988); “Mitos e Lendas da Amazônia”, de Graciliano Ramos (1989); “Pará, Folclore e Poesia”, de Francisco Nascimento Jardim (1990); “No Reino da Ilusão, Carnaval é Fantasia”, de Francisco N. Jardim (1991); “No Mundo Encantado do Circo”, de Carlos Augusto e Getúlio (1992); “A Estação das Estações”, de Getúlio e Carlos Augusto (1993); “Mosqueiro, Carnaval e Sacanagem”, de Iracema Cezar Jardim (1994); “Brasil dos Palmares”, de Francisco Jardim e Walmir Pacheco (1995); “Açaí, uma Paixão Popular”, de Sebastião Ferreira da Silva (1996); “A Tradição vem da Ilha, com a Estação 10 Anos de Folia”, de Iracema Cezar (1997); “A Estação e a Comunicação”, de Francisco N. Jardim (1998); “A Bela Deusa das Águas”, de Fernando e Paulo Anete (1999).
No ano 2000, sem o Concurso promovido pela Prefeitura Municipal de Belém e vivendo a crise financeira que assolava o país, a escola não participou do Carnaval. Nos anos seguintes, de 2001 a 2006, tal participação aconteceu, porém sem o desenvolvimento de um enredo específico. Em 2007, retoma a linha do carnaval temático, com o enredo de Sebastião Ferreira da Silva “Açaí, uma Paixão Popular” (segunda versão).
Há três anos, os temas são voltados para a homenagem a grandes personalidades: “Saudade da Velha Guarda”, de Sebastião Ferreira da Silva (2008); “Mosqueiro, meu Amor”, de Manoel Maria (2009) e “Tributo ao Sibamba”, de Carlos Augusto Santos (2010).
Parodiando a frase bíblica “O pão nosso de cada dia”, foi elaborado, para o Carnaval 2011, o enredo “O lixo nosso de cada dia”, um grito de alerta para as autoridades e a população em geral, mostrando a importância do reaproveitamento do lixo (reciclagem) na luta contra a poluição. É também espécie de homenagem aos garis pela árdua profissão que desenvolvem no cotidiano das cidades.
FONTE: Dados fornecidos pela Diretoria da Entidade, conforme pesquisa realizada pela Profª Iracema Cezar.









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