Autor: Rogério Portela
Do trapiche se ouvia triste melodia,
Uma saudade empanava uma lembrança fria,
Era pálida, o sol não reluzia:
A noite se fez no meio daquele dia.
O céu cinzento, a tarde não se erguia,
O mar adormecido, sua única esperança, assim, jazia,
Uma solidão profunda saltitava, ria
Daquela face desfigurada, sombria.
As árvores quietas, o vento mudo, tudo perecia;
O prazer já não mais se fazia;
Até o silêncio calou-se naquela tarde vazia.
Mas, distante, uma luz então refletia e tudo revivia...
Era doce, suave, misteriosa e bela; ressurgia
Espraiando-se nas trilhas do sonho que evadia.
FONTE: http://rogeriomportela.blogspot.com/search?updated-max=2010-05-27T06%3A23%3A00-07%3A00&max-results=7
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