A Igreja como instituição religiosa somos todos nós: o povo de Deus. E, sem dúvida, o trabalho missionário está voltado para a evangelização desse povo. Assim é feito e assim o fizeram os religiosos que aqui chegaram com os colonizadores portugueses, cujas expedições tinham entre os seus principais objetivos o de propagar a fé cristã. E, plantando a Cruz nas terras conquistadas, iniciaram o trabalho de catequese dos nativos, induzindo-os ao conhecimento da nova religião, um trabalho meritório naquelas circunstâncias, o qual, não raras vezes, acabou sendo maculado pela cobiça e ganância dos conquistadores, que derramaram muito sangue em nome da Cruz, esquecendo o maior mandamento do Cristianismo: o Amor.
A igreja como templo é um marco histórico: o ponto inicial de um núcleo de civilização, em torno do qual a vida vai ter o seu curso. É também o elo entre o mundo terreno e o espiritual, tão importante no desenvolvimento de uma ideologia poderosíssima, capaz de mudar os costumes e os destinos.
Assim, surgiu a pequena povoação no sudoeste da ilha: a humilde capela da Confraria de Nossa Senhora do Ó (a busca de Deus); a praça (reunião e diversão); o comércio (o trabalho) e, por trás do singelo templo, o cemitério, porque a morte está ao lado da vida. Isso antes, muito antes de ser criada a Freguesia, num tempo em que o povoado era apenas um pobre vestígio em meio à exuberante natureza tropical.
Era o dia 10 de outubro de 1868, quando o Primeiro Vice-Presidente do Grão-Pará, Cônego Manuel José de Siqueira Mendes, assinou a Lei Provincial nº 563 criando a Freguesia do Mosqueiro, e a antiga ilha de Santo Antônio ficaria sob a proteção de Nossa Senhora do Ó. Nessa lei, o Governo da Província determinara que a capela fosse avaliada para desapropriação, assim como o cemitério, e a Irmandade cedeu o pequeno templo que se transformaria na Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora do Ó. Mais tarde, o cemitério foi desativado e transferido para outro local.
A Praça e a Igreja Matriz, no início do séc. XX (BLOG: HB).
Nesses cento e quarenta e dois anos de vida paroquial, o templo vem recebendo modificações ditadas pelo progresso e pelas necessidades dos fiéis. A igrejinha da era colonial fora ampliada e, no início do século XX, no dia 10 de janeiro de 1914, assistia-se à sua inauguração. Sabe-se também que nova ampliação deve ter acontecido em 1936, pois em documento enviado ao Arcebispo de Belém, D. Antonio de Almeida Lustosa, datado de 22 de setembro daquele ano, o Padre João Lentner comunica que “No Mosqueiro começou o trabalho do alicerce da Igreja Matriz e do forno da olaria. A barraca da olaria, bastante grande e alta, está quase pronta e custou apenas 300$000.”
Nesse mesmo ano, no dia 15 de janeiro, instalara-se na paróquia a Primeira Conferência Vicentina de Nossa Senhora do Ó. Um ano antes, em 18 de junho de 1935, havia sido fundada a Pia União das Filhas de Maria.
A Igreja de Nossa Senhora do Ó, 1943 (FOTO: Fam. Mathias).
Na década de 1940, os padres alemães Carlos e Eurico Frank realizaram um excelente trabalho na administração das obras da igreja e na construção do primeiro Salão Paroquial. Para levantar recursos financeiros, criaram o Teatro Paroquial da Vila, exibindo inúmeras peças com destaque para o “Drama da Paixão de Cristo” e filmes para a criançada, com um projetor doméstico.
De lá até os dias atuais, os paroquianos têm assistido a inúmeras reformas e construções no templo e à determinação e persistência de vários sacerdotes que aqui estiveram e trabalharam muito, contando sempre com o auxílio de diversos beneméritos.
A Igreja Matriz nos anos 70 (FOTO: Família Ferreira).
Ultimamente, ainda na gestão do Padre José Maria Ribeiro, vimos surgir a Nova Imagem de Nossa Senhora do Ó em 05 de outubro de 2008, a Capelinha Missionária (Triptico) em fevereiro de 2009, o Velário Digital em novembro de 2009 e o Sacrário da Capela do Santíssimo Sacramento no dia 16 de maio de 2010.
A Capelinha Missionária (Tríptico).
O Velário Digital.
O Sacrário da Capela do Santíssimo Sacramento.
No próximo final de semana, esse templo estará recebendo os fiéis, os devotos da Santa, os romeiros, os promesseiros, enfim, gente da ilha e gente que vem à ilha para louvar e agradecer à Senhora do Ó pelas graças alcançadas neste ano, em seu derradeiro mês, o mês em que festejamos o RENASCER da ESPERANÇA de um MUNDO NOVO!
(FONTES: Meira Filho, Augusto. “Mosqueiro Ilhas e Vilas”- ED. GRAFISA, 1978, pp 399, 400 e 404) e http://paroquianso.hd1.com.br/crbst_0.html ).
A IGREJA DE MOSQUEIRO: NOSSA SENHORA DO Ó - IMACULADA CONCEIÇÃO
A Igreja de N. Srª do Ó – ilha do Mosqueiro (AZUIR, 2008).
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azuirfilho · Campinas, SP
5/4/2008 · 333 · 100
Uma História abençoada, da nossa Santa Madrinha.
Sobranceira na Ilha Sagrada, Nossa Virgem Mãe Rainha.
Torna a Vila mais Querida, Jerusalém de Comunhão.
Nossa Senhora do Ó Bendita, Imaculada Conceição.
Nada diminui ou disfarça a sua respeitabilidade.
Nossa Igreja lá na Praça, e sua inigualável Santidade.
Nossa Bem Aventurança, seu Valor Moral e Educação.
Nossa Senhora do Ó é Bonança, Imaculada Conceição.
É lá a maior Referência, é a Casa da Mãe Altaneira.
Difunde luz e consciência, Maravilhosa e Verdadeira.
Um Banho de Dignidade, é altruismo para a formação,
Nossa Senhora do Ó é Bondade, Imaculada Conceição.
Ela esta no coração da gente, e nos anima a avançar.
Com Deus do Céu Presente, nos fazendo abençoar.
É Força na nossa Luta Dura, é energia e disposição.
Nossa Senhora do Ó é Doçura, Imaculada Conceição.
No nosso orgulho grandiosa, Igreja amiga imponente.
Da Mãe do Céu Maravilhosa, protegendo a sua gente.
Intercessora de toda bondade, de toda Raiz e Tradição.
Nossa senhora do Ó é Caridade, Imaculada Conceição.
Luz da Nossa Esperança, do Povo alegre Trabalhador.
Do Velho Mulher e Criança, Juventude cheia de amor.
Mão de presença plena, amorosa com a nossa oração.
Nossa Senhora do Ó é Serena, Imaculada Conceição.
Causa e sonho mais ideário, farol da nossa trajetória.
Templo Sagrado e Relicário, nossa Arca e nossa História.
A força que tem a ternura, a Amiga que nos dá sua Mão.
Nossa Senhora do Ó é Candura, Imaculada Conceição.
A Vila é Marco do Viver, é nosso Nascer e Cristianizar.
Da Saga do Amor Vencer, no nosso resistir e perseverar.
Nossa União e Felicidade, nossa Fé Infinita e Convicção
Nossa Senhora do Ó é Humildade, Imaculada Conceição.
Mário do Táxi e o Autor do poema (2008).
Azuir Filho, Oceanira Conceição, Carlos, Ronaldo, Patrícia, Asailson Giovani, Mario e Turmas do Social da Unicamp e de Amigos de Mosqueiro.
(http://www.overmundo.com.br/banco/a-igreja-de-mosqueiro-nossa-senhora-do-o-imaculada-conceicao)
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