Autor: Augusto Meira Filho
Mosqueiro, ponte e churrasco
Lá no Furo das Marinhas
Lembram vitórias minhas
Que o povo cedo esqueceu...
Ao lado do governante
Minha voz sempre constante
Lutando como um gigante
Nossa terra enriqueceu!
Quantas vezes, descuidada
A cidade adormecida
No silêncio protegida
Despertando a madrugada...
Embalado nos meus sonhos
Pioneiros da jornada
Venci caminhos medonhos
Com fé em Deus e mais nada!
Fiz do ardor da caminhada
Um poema de civismo
Destruindo o pessimismo
De uma gente desfibrada...
Em vinte anos, a estrada
Na metade, veio a ponte
Meu presente à namorada
Inspiração, amor e fonte!
Agora tudo são flores
Nos corações e nos olhos
Para quem venceu os abrolhos
Conquistando seus amores...
Paraense que tem fibra
Do nordeste o sangue forte
Luta e avança, não se libra
Vai à frente, vence a morte!
Resumindo nestes versos
Nas veredas da saudade
Meus anseios de menino
Sem mesmo nada temer...
Dou-me todo de verdade
Às manhãs da mocidade
Às sombras desta cidade
Que um dia me viu nascer!
Belém, 29/9/1975
FONTE: MEIRA FILHO, Augusto. “Mosqueiro Ilhas e Vilas”- ED. GRAFISA, 1978- p. 445.
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