terça-feira, 15 de maio de 2012

JANELAS DO TEMPO: O CABRALZINHO

 

O paraense Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, também conhecido como o Bravo do Amapá, é um dos heróis brasileiros na Guerra do Paraguai. Para homenagear seus feitos, o Governo Provincial dividiu a ilha do Mosqueiro em duas partes e uma delas foi doada a esse herói. Doação provisória, porque, anos depois, as terras seriam devolvidas à Província e distribuídas legalmente por meio do sistema de léguas de sesmarias.

Assim o escritor Cândido Marinho Rocha se refere ao insigne paraense:

Outro vulto de destaque na história paraense, Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, herói do Amapá, é também amado pelos mosqueirenses.

Na Ilha, tornou-se chefe político, ele que era líder natural. Dinâmico, altivo, honrado, idealista, defendia sinceramente o seu eleitorado, prendendo-o à terra, para fixação e desenvolvimento. Assim, fez com que grande parte do território fosse doada aos Marcelinos e Caetanos. Criou um novo Tratado, que marcava limites, linhas divisórias dos terrenos de propriedade daqueles chefes de eleitores. Em consequência mediam-se as terras naqueles tempos da seguinte forma: “Meia Ilha por tantas braças de frente”, conforme consta dos arquivos existentes na Biblioteca e Arquivo Público do Pará.”

O Professor Benedicto Monteiro, em sua História do Pará, mostra o espírito de luta do nosso herói, sempre defendendo os interesses do povo paraense:

“Dentre os princípios do regime republicano, a federalização do Brasil era o que mais interessava ao povo paraense. Tanto que muito antes da Proclamação da República, “A Província do Pará” já fazia uma campanha em prol desse princípio renovador que permitiria ao Pará livrar-se das decisões absurdas do poder central.

Ainda em razão desse interesse dos paraenses, em ter um governo composto com autoridades da terra, Francisco Xavier da Veiga Cabral, o “Cabralzinho”, chefiou uma insurreição já em julho de 1891, visando a impedir a instalação de um Congresso Constituinte que tentava manter ou eleger para o governo pessoas estranhas à terra, naturalmente influenciadas pelas autoridades e comerciantes portugueses não só pela imensa distância geográfica, mas também pelo distanciamento do poder central.”

Cabralzinho residiu por muito tempo na Sétima Rua. Como lembrança desse fato e do herói, essa rua, mais tarde, seria denominada Rua Francisco Xavier da Veiga Cabral.

FONTE: MARINHO ROCHA, Cândido. “Ilha Capital Vila”- GRÁFICA FALANGOLA EDITORA. Belém-Pa, 1973- p. 30.

FONTE: MONTEIRO BENEDICTO. “História do Pará” – EDITORA AMAZÔNIA. Belém-Pa, 2005- p. 154.

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