terça-feira, 23 de julho de 2013

NA ROTA DO TURISMO: TAPIOQUINHA DE MOSQUEIRO COM MAIS DE 90 ANOS DE TRADIÇÃO

 

Sabor de tradição. Assim pode se definir os 90 anos de história das famosas tapioquinhas de Mosqueiro. Quem vai à ilha, seja num simples final de semana ou nas agitadas férias de julho, não resiste a uma parada na Vila para comer as deliciosas tapioquinhas com café. O toque especial fica por conta da paisagem da ilha, carinhosamente chamada de Bucólica pelos paraenses.

A variedade é enorme. É tapioca com creme, com ovo, presunto, queijo e até cupuaçu com chocolate. Uma riqueza de gostos e sabores que faz a população e visitantes da ilha se encontrar ao amanhecer para a primeira refeição do dia ou no agradável fim de tarde, com direito a vista da Orla da Vila. Mesmo passados nove décadas, as tapioqueiras de Mosqueiro continuam a receber inúmeros elogios e contabilizar novos clientes. É assim que Elizeu Barbosa, fala dos seus 50 anos de trabalho junto à sua esposa na "Barraca da Vovó". O trabalho começou com sua sogra, que foi uma das quatro pioneiras que começaram a vender tapiocas na Praça Matriz da Vila. "Naquela época não havia emprego e foi uma forma de sustento para a minha sogra", contou Elizeu, lembrando que o número subiu para as 19 depois atuais.

O trabalho das tapioqueiras é uma tradição, que passa de mãe para filhas e netas, enfim de geração para geração. "É algo que não pode ser vendido. É a raiz da nossa família que já está firmada", diz Catarina Barbosa, que mora e trabalha em Belém, e em época de pico colabora na barraca dos pais, Adriana e Elizeu Barbosa, com as vendas.

Nos períodos de maior demanda, a fila cresce e o trabalho dobra, às vezes triplica. "Todas as 19 barracas chegam a vender três mil tapioquinhas por dia, o que dá uma média de 200 kg de goma por mês", diz Catarina. É um trabalho pesado, que merece dedicação e esforço. "Acordo bem cedo para ajeitar a barraca e receber o material que é fornecido por produtores do interior", garante Elizeu.

Tudo é programado com antecedência para o dia seguinte. O material é comprado com antecedência e, quando é preciso, até novas contratações são feitas. A Associação das Barraqueiras de Venda de Tapioca e Comidas Típicas da Ilha de Mosqueiro (ASBAVETIM) é que escala e chega a pagar R$ 30,00 a diária de trabalho.

Essa associação foi estabelecida como utilidade pública desde o dia 8 de janeiro/2007 depois de um decreto assinado pelo prefeito Duciomar Costa. "Lutamos desde 1996 para que nossa associação fosse reconhecida e só agora na atual geração é que conseguimos", diz Elizeu, que é o presidente da ASBAVETIM.

A atual administração municipal contribuiu com o trabalho das tapioqueiras em várias formas, oferecendo cursos de manipulação de alimentos através do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa) e gerenciamento de balcão pela Agência Distrital de Mosqueiro. O programa Ama Belém também já colaborou com esta atividade da culinária paraense, entregando duas camisas e pares de calças para cada pessoa que trabalha nas barracas.

O poder mágico da Tapiocaria reúne as famílias para um delicioso café da manhã.

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José Carlos e família
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Tapiocaria da DORA - Atendimento Nota 10

Imagens: JCSOliveira_Uema@hotmail.com

FONTE: http://tapioquinhadavilademosqueiro.blogspot.com.br/

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http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/09/imagem-e-o-tempo-tapioquinha-da-vila.html

MOSQUEIRANDO: As primeiras tapioqueiras, com seus tabuleiros atraentes, vendiam seus deliciosos produtos no interior do Mercado Municipal: Dona Biló (a mais antiga) e as senhoras Elvira, Helena, Lourdes, Alzuíla e Adriana.

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