A Ilha do Mosqueiro, sem dúvida, atrai e encanta moradores e visitantes por suas belezas tropicais, surpreendentes e paradisíacas. Apesar da crescente urbanização e do considerável aumento populacional dos últimos anos, a Ilha conserva latente ainda o antigo bucolismo, o qual se revela em alguns recantos ou em determinados momentos marcados pela solidão.
Já no prefácio de nosso livro Mosqueiro: Lendas e Mistérios, dizíamos:
“Povoação, freguesia, vila, distrito, a ilha do Mosqueiro continua, de geração em geração, recebendo de modo hospitaleiro a visita de milhares de pessoas. Muitos por ela nutrem grande paixão e cantam e recantam sua exótica beleza. Muitos hão de se apaixonar ainda, pois a ilha-paraíso, sempre envolta numa aura de sonho, mistério e poesia, representa os anseios daqueles que, no cotidiano, sofrem as pressões da conturbada vida moderna.
Poetas anônimos ou amantes da natureza, no contato direto com a ilha, fartam-se de verde e de sol e, nas noites amenas, embebidos de luar, vivem toda a magia de momentos inesquecíveis.”
Em sua Dissertação de Mestrado, Rede Turística e Organização Espacial: Uma Análise da Ilha de Mosqueiro, Belém/PA, Maria Augusta Freitas Costa ressalta:
“Na perspectiva de Tuan (1980) a ilha e a praia exercem atração à imaginação humana cuja avaliação da natureza no século XX originou um movimento crescente “[...] quer de um dia, de um fim de semana ou de uma temporada [...]” em direção às praias e às ilhas que diante da vida moderna no continente adquiriu significado de “[...] lugar para onde escapar das pressões do cotidiano [...]” (p. 137). Nesse viés, é possível pensar que os fluxos turísticos direcionados à “bucólica” e “bela” Mosqueiro são substratos da re-significação das ideias sobre ilhas e praias, pois sendo ilha com praias, essa localidade apresenta dois vetores de atração da imaginação humana, o que a fez ser lugar de escape do cotidiano como relata Meira Filho (1978): “[...] para o grande dermatologista, Mosqueiro era a liberdade, a fuga da luta citadina, do inferno dos hospitais [...]” (p.388).
A ideia de um balneário “encantado” reside, entre outros, no fato de Mosqueiro possuir praias estuarinas com ondas, algo não comum em praias de rios e estuários.”
Embora pertença a um arquipélago maior, a Ilha do Mosqueiro possui o seu próprio arquipélago: um conjunto de pequenas ilhas a ela ligadas geográfica e administrativamente. Vamos identificá-las:
Ilha do Amor, na ponta do Farol (GOOGLE EARTH).
Ilha das Guaribas, em frente ao Marahu (GOOGLE EARTH)
Ilha do Maracujá, em frente ao Paraíso (GOOGLE EARTH)
Ilha das Pombas, em frente ao Sítio Conceição (GOOGLE EARTH)
Ilha do Papagaio, no Furo das Marinhas (GOOGLE EARTH)
Ilha do Maruim I, no Furo das Marinhas (GOOGLE EARTH)
Ilha do Maruim II, no Furo das Marinhas (GOOGLE EARTH)
Ilha do Canuari, no Furo das Marinhas (GOOGLE EARTH)
Ilha da Conceição, no Furo das Marinhas (GOOGLE EARTH)
Ilha de São Pedro, no Furo das Marinhas (GOOGLE EARTH)
Ilha do Navio, no rio Mari-Mari (GOOGLE EARTH)
Como podemos observar, essas ilhas são elementos paisagísticos de relevante importância, os quais só contribuem para o fascínio dos que se aventuram em uma viagem de circunavegação. Quase todas elas estão intimamente relacionadas a algum fato do imaginário local ou à própria história da região, como acontece com a ilha de São Pedro, reconhecidamente um sítio histórico preservado.
FONTES:
http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/06/na-rota-do-turismo-analise-do-turismo.html
http://www3.ufpa.br/ppgeo/Ma%20Augusta%20Freitas.pdf
IMAGENS:
Google Earth
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