Autora: Maria de Lourdes Araújo Cardoso
Poema do livro “A Outra Face”, publicado em 1987.
Percorrendo a estrada ensolarada
o caminho da paz que dizem longa,
meus filhos, o marido companheiro,
completam a paz que encontro no Mosqueiro.
Carros passam por mim, enfileirados,
o verde matagal enfeita os lados.
Caramanchão sem flores na pracinha,
elas enfeitam o altar da capelinha.
Da semana o fim espero tanto,
e a calmaria da ilha como encanto.
Na verde grama pousam borboletas,
beija-flores sugando violetas.
O passado distante está presente,
nas Três Marias que abrigava a gente.
A casinha de porta com letreiro,
me faz lembrar a infância no Mosqueiro.
Vasos suspensos no alpendre tristonho,
alegram o avarandado de meus sonhos...
Felicidade inteira, não partida,
só na alameda da casa escondida.
FONTE:
MOSQUEIRANDO: No passado da Ilha, muitas casas de moradores e veranistas eram designadas por nomes próprios em letreiros bem visíveis: “Canto do Sabiá”, “Porto Franco”, “Bom Jardim”, “Três Marias” e tantos outros. Lembro que a casa da minha infância chamava-se “Retiro Coração de Jesus”.
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