Chegou o verão! Ou deveria dizer estiagem?! Época em que chove menos: quase todo dia, mas não o dia todo?! Talvez isso! Afinal, estamos na rota da chuva e chuva da tarde aqui não é lenda nem catástrofe, é bênção dos Céus: vem para aplacar o calor e vai embora. Nesta época, chove sim, principalmente se é de lua a maré, e quando chove, é muita água com vento, raios e trovoadas capaz de lavar a ilha toda e a alma de todos. Mas é gostoso, porque “depois da tempestade vem a bonança” e o Sol ressurge morno ou quente, às vezes até escaldante, despertando a vida.
Foto: Christopher Bahia Foto: Christopher Bahia |
E tudo é movimento frenético na busca do conhecer, do lazer, do prazer. Mosqueiro quase esbarra na linha do Equador e suas águas cálidas e doces de rio amazônico banham bronzeados corpos bonitos expostos sensualmente, que os reduzidos e vistosos trajes de praia não conseguem esconder.
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É verão e os ventos do Atlântico começam a soprar forte sobre as baías que nos cercam, sobre o “mar dulce” do Pinzón, encapelando as ondas da maré de enchente, as quais rugem na arrebentação em torrentes de espumas. São dezoito quilômetros de praias de água doce com ondas – a maior extensão no mundo todo – e há mais de cem anos, os veranistas belenenses, embora os europeus tenham iniciado o costume, buscam este recanto paradisíaco nas férias escolares. No passado, procuravam descanso e tranquilidade. Mas os tempos mudaram: agora, tudo são cores, sabores e agitos e, sem dúvida, o turismo de sol e praia predomina.
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O que não falta é animação: o vai-e-vem de carros e banhistas, o multicolorido dos guarda-sóis fincados na areia e das pipas bailando no céu, a movimentação dos vendedores, a preocupação do pessoal da assistência e da segurança, a alegria de crianças e jovens e muito som, som alto do tecnobrega e do forró “arretado” brotando das barracas de praia, das malas dos carros transformadas em potentes aparelhagens e dos trios elétricos que percorrem a orla arrastando multidões. Tudo isso, reflexo de uma ligeira fuga dos grilhões do cotidiano, às vezes liberdade excessiva que conduz às mazelas do nosso tempo. Mas é verão e o cenário é lindo: belezas naturais fantásticas, atraentes e carregadas de magia!
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