A OUTRA FACE DA ILHA
S. O. S. PANTANAL
Quem visita e conhece o Mosqueiro sabe do grande potencial da ilha para os mais variados tipos de turismo: de sol e praia, ecológico, de aventura, histórico e de eventos. O clima, o ar impoluto, resquícios de certo bucolismo e a beleza paisagística são atrativos incontestáveis.
Entretanto, em alguns pontos da ilha, a população vive em condições subumanas, enfrentando sérias dificuldades, por falta de um saneamento básico imprescindível e de uma atitude responsável do Poder Público. Não é raro que os governantes deixem os problemas sociais acontecerem, às vezes até por interesses político-partidários, e depois não consigam resolvê-los pela inoperância administrativa ou falta de vontade política. Assim acontece no Pantanal.
O Pantanal mosqueirense, à semelhança do Pantanal da Grande São Paulo, alaga com as chuvas fortes e com as enchentes do rio. Aqui como lá, a ocupação aconteceu em área de várzea (espaço que pertence ao rio), portanto passível de alagamentos. O Cariacanga atravessa a comunidade; ontem, um igarapé profundo e cheio de vida; hoje, uma vala rasa e poluída, um esgoto a céu aberto. E o Projeto de Esgotamento Sanitário que enterrou milhões de reais nas ruas do Mosqueiro? Será que jaz no esquecimento? É bom lembrar que quase todas as águas pluviais que caem sobre a Vila convergem para o Cariacanga, o qual, por sua vez, as lança na baía de Santo Antônio. Será que essas águas são devidamente tratadas?
Confirmando essa situação calamitosa, ratos, baratas, mosquitos e até cobras atormentam os moradores. Morte por leptospirose já ocorreu. Estivas aos pedaços e pontes destruídas oferecem risco à integridade física de todos, principalmente das crianças, cuja saúde já se acha comprometida pelas águas fétidas e poluídas do córrego.
Como se isso não bastasse, parece que o Programa de Energia para Todos do Governo Federal empacou no Pantanal mosqueirense. Sem posteamento e fiação regular suficientes, sem providências da empresa responsável, só restam as ligações clandestinas, o risco de curto-circuito e de incêndios e o perigo de alguém ser eletrocutado. Não é à toa que a comunidade local reza para Santo Expedito (SANTO DAS CAUSAS URGENTES), pedindo-lhe que desperte, nas autoridades, o senso do bem comum, a fim de que soluções imediatas minorem o seu sofrimento.
Esperamos que o tão propalado Projeto da Alça Viária Municipal não reproduza esse problema nas várzeas do sudoeste da ilha, pois esse é o tipo de “progresso” que nós, mosqueirenses, não queremos.
Claudionor Wanzeller
Fotos do Pantanal Mosqueirense:
Meu caro professor ,
ResponderExcluirgostaria muito que o senhor desse sua opinião sobre o ano eleitoral em mosqueiro , pespectivas eleitorais ! abraços
Titio esssa é uma report. muito boa.
ResponderExcluirTio, a Matéria sobre o Chapéu Virado é ótima deu até saudade da época em que iamos de Presidente Vargar p/ Mosqueiro que pena que tudo acabou.
ResponderExcluirCao leitor anônimo;
ResponderExcluirAté pelo fato de não ter vínculo político-partidário algum, seria interessante opinar sobre o ano eleitoral no Mosqueiro. Entretanto, não o farei para nãofugir aos objetivos deste blog: resgatar a história e a identidade do povo mosqueirense; divulgar os atrativos turísticos da ilha, ações e problemas afins.
Claudionor Wanzeller