terça-feira, 12 de março de 2013

A ILHA CONTA SEUS “CAUSOS”: A MULHER QUE VIRAVA O BICHO MATINTA.

 

A mulher que virava o bicho Matinta.

Texto transcrito da narrativa de Ewelyn Giulliane Barbosa – Turma 221, CB II – 2.º ano.

Era uma vez uma mulher que virava bicho, era uma Matinta Perera. Todos os dias, assobiava na mangueira lá do quintal da casa da minha avó.

Um certo dia, a minha avó Diquinha disse para ir buscar tabaco de manhã lá na casa; logo o pássaro desapareceu e surgiu a velha Lula, uma senhora que morava próximo, na casa vizinha. A vovó deu tabaco para ela e quando foi no outro dia, já de noite, começou a assobiar na mangueira de novo; aí a minha avó disse:

-- Oh, Deus!

Então ela caiu lá do alto, se batendo nos galhos, e a minha avó pegou a lamparina e viu que era a velha Lula.

A vovó ficou impressionada porque nunca tinha visto um bicho tão feio.

(Lima Gama, Rosangela C. e Santos Andrade, Simei. “Mosqueiro Conta em Prosa e Verso o Imaginário Amazônico”. PMB, 2004, p. 27)

 

A transformação da Matinta Perera

Texto transcrito da narrativa de Adenilson – Turma 721, CB IV – 1.º ano.

Dizem que é gente humana, que à noite aquelas pessoas se transformam e passam a ter poderes sobrenaturais, passam a voar e outras coisas mais. Mesmo que a pessoa que vira não queira se transformar, quando chega a noite, elas não conseguem controlar e pagam a penitência. Essa lenda também diz que essa criatura durante a noite percorre sete cidades e só faz mal àquela pessoa que mexe com ela; ninguém a vê, só se ouve um assobio fino que dá arrepios. Se você ouvir um assobio estranho, não mexa, pois você não sabe o que pode acontecer e pode se dar mal porque ela malina com a pessoa.

(Lima Gama, Rosangela C. e Santos Andrade, Simei. “Mosqueiro Conta em Prosa e Verso o Imaginário Amazônico”. PMB, 2004, p. 27)

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