Um dos mais populosos bairros da Ilha, o Maracajá surgiu nos primórdios do século XX, como expansão natural da Vila do Mosqueiro para o interior motivada pela necessidade de ocupação habitacional. A área onde o bairro começou era conhecida como Umarizal, evidentemente uma referência à grande quantidade do fruto comestível umari. Esse nome ainda era lembrado na década de 70 pela existência de uma casa comercial assim chamada, em cujo local seria construída, mais tarde, a quadra de esportes da Escola Honorato Filgueiras.
Sua atual denominação, que também designa a principal artéria do bairro (Travessa Maracajá), originou-se de um felino muito comum naquela área da Ilha; recoberta, na época, por densa mata: o gato maracajá.
“O gato-maracajá (Leopardus wiedii) é um felino nativo da América Central e América do Sul. Tem como característica uma cauda mais longa do que seus membros posteriores.
Os pêlos são amarelo-escuros nas partes superiores e na parte externa dos membros. Tem manchas sob a forma de rosetas com uma região central amarela, por todo o corpo, da cabeça à cauda.
Dentro de suas habilidades, o gato-maracajá pode caminhar nas pontas dos galhos dos arbustos. Ele também possui grande capacidade de salto e suas garras são proporcionalmente mais longas do que as da jaguatirica. O período de gestação é de 81 a 84 dias, e a expectativa de vida é de cerca de 13 anos.
Tem capacidade de virar em 180 graus as articulações do tornozelo, o que o possibilita transitar com facilidade entre troncos e árvores. Seus hábitos são noturnos e alimenta-se de pequenos roedores e aves, que caça nas árvores.
No Brasil, o gato-maracajá pode ser encontrado com mais frequência na Floresta Amazônica” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gato-maracaj%C3%A1).
O bairro do Maracajá limita-se a oeste pela Rua Padre Manuel Raiol (5ª. Rua), ao norte pelo prolongamento da Travessa Pratiquara, a leste pelo Parque Ambiental da Ilha do Mosqueiro e rio Pratiquara e ao sul pela baía de Santo Antônio. Além da área urbanizada, existe ainda uma grande faixa de terra firme e, margeando o rio Pratiquara e a baía de Santo Antônio, encontra-se uma extensa mata ciliar onde predominam espécies de mangue, o que demonstra a necessidade de sua preservação, por ser uma das áreas mais frágeis da Ilha.
Bairro do Maracajá (Google Earth)
Paralelas ao rio Pará e seguindo o sentido oeste-leste, foram surgindo as ruas Francisco Xavier Cardoso (6ª. Rua), homenageando renomado farmacêutico dos velhos tempos da Ilha e compositor do Hino do Mosqueiro; Francisco Xavier da Veiga Cabral (7ª. Rua), lembrando o Cabralzinho, o Bravo do Amapá, um dos heróis brasileiros na Guerra do Paraguai; João Tocantins Pena (8ª. Rua), recordando o nome do fazendeiro marajoara que foi o proprietário do primeiro Matadouro de gado bovino da Ilha do Mosqueiro; e Rua Tiradentes (9ª. Rua), homenagem ao Mártir da Independência.
Perpendiculares ao rio, estão a Travessa Pratiquara (lugar de peixe miúdo), lembrando o rio de mesmo nome; a Travessa Siqueira Mendes (a mais movimentada), para homenagear o Cônego que transformou a Ilha em Freguesia do Mosqueiro; a Travessa Maracajá (a mais importante do bairro).
Entre as Passagens, destaca-se a Passagem Padre Eduardo, homenagem ao Padre Edward James Hasker, pároco da Ilha que faleceu em acidente automobilístico e está sepultado na Igreja Matriz.
PESQUISE NESTE BLOG:
Fundador do bairro maracajá
ResponderExcluir