terça-feira, 19 de março de 2019

NA ROTA DA HISTÓRIA: BANCO TUPINAMBÁ - DEZ ANOS DE HISTÓRIA

Em agosto de 2008, lideranças comunitárias da Baía do Sol viajaram até Fortaleza (CE) para conhecer a experiência do Banco Palmas (o primeiro Banco Comunitário do Brasil), que conseguiu transformar a favela do Conjunto Palmeira, em um bairro popular com grande vigor econômico. No mesmo ano fizemos uma parceria com o Banco Palmas para a criação de um banco comunitário na região.



Em 16 de janeiro de 2009 inauguramos O Banco Comunitário Tupinambá com o objetivo de gerar trabalho e renda na comunidade da Baia do Sol, e multiplicar a experiência em outras comunidades da Ilha do Mosqueiro.A ideia era implantar programas e projetos de trabalho e geração de renda, utilizando sistemas econômicos solidários na perspectiva de superação da pobreza urbana local. O Banco Tupinambá é um banco comunitário brasileiro, conhecido formalmente como "Banco Comunitário de Desenvolvimento" (BCD) e nasceu com diretrizes bem definidas: garantir microcrédito para produção e consumo local a juros baixos, sem exigência de consultas cadastrais, comprovação de renda ou fiador; além de manter a riqueza produzida pelo bairro no próprio bairro, por aceitar a compra e a venda com a moeda local, operando sob o princípio da “Economia Solidária”.














A Moeda Social do Banco Comunitário Tupinambá chama-se MOQUEIO (primeira versão na imagem acima), que é em homenagem à técnica que os índios tupinambás utilizavam para conservar o peixe e a caça, da palavra moqueia foi a que originou o nome da Ilha de Mosqueiro.
Nos primeiros anos o Banco Tupinambá era correspondente do Banco do Brasil, onde recebíamos contas e fazíamos empréstimos do BB, e começamos a mudar a Baia do Sol, pois o dinheiro começou a circular dentro do bairro, isso fomentou a criação de alguns pequenos aquecendo ainda mais o comércio local.















Em 2010, o Banco recebeu a visita de quase 40 alunos (foto acima) e professores da Universidade Cesupa (Centro Universitário do Pará); os mesmos vieram ver in loco a experiência do Banco Comunitário. Na ocasião, a coordenação do Banco fez uma palestra sobre Bancos Comunitários e moeda social na Escola Lauro Chaves, aqui da Comunidade. 
Os alunos após essa visita ajudaram o Banco na criação de Banners e Folders, além de um fundo de R$ 2.000,00 que se tornou o primeiro recurso próprio para empréstimo em moeda social na comunidade, fato que marcou e ajudou o Banco Tupinambá nos resultados apresentados.
















O Banco Tupinambá firmou convênio com a Caixa Econômica Federal em 2012, como correspondente Caixa Aqui, para a abertura de 
Microcrédito Produtivo à comunidade da Baia do Sol. Márcia Duarte, supervisora de Canais da Caixa Econômica, informou que a população local poderá realizar todos os serviços disponíveis pela Caixa Econômica através do Banco Tupinambá e completa, “todos os serviços e produtos que irão servir de fomento, de crescimento para a economia local a Caixa vai disponibilizar”.


Na foto acima estão Márcia Duarte e Carol representando a Caixa Econômica, Marivaldo do Vale e Maria Ivoneide do Instituto Tupinambá, durante o treinamento e formalização do convenio entre o Banco Tupinambá e a Caixa. Com essa parceria toda a comunidade de Baía do Sol e consequentemente a Ilha de Mosqueiro serão beneficiadas com serviços mais eficientes e mais próximos, já que até então, os moradores da Baia do Sol tinham que se deslocar até a Vila, para terem acesso a esses serviços.




Pioneiro na Amazônia, o Banco Tupinambá foi o trigésimo quarto em um total de cento e quatro bancos comunitários na época (Atualmente estamos com 115 Bancos em Todo o Brasil), que possuem estruturas semelhantes. 
















Em 2011, o Banco dá mais um salto em sua história. É fundado o Instituto Tupinambá com
 a missão de fornecer acesso a serviços bancários para os moradores, que normalmente não teriam a mesma oportunidade com os bancos tradicionais, devido à falta de histórico de crédito ou de garantia financeira e/ou mesmo à distância geográfica. Além disso, também visa implementar projetos de trabalho e geração de renda através de sistemas de Economia Solidária focados na superação da pobreza urbana e rural.
Agora, com o Instituto temos novos objetivos como garantir pequenos empréstimos para produção e consumo local, sempre com taxas de juros mínimas. O crédito para consumo na comunidade se dá através de uma moeda social própria, o Moqueio, cujo nome tem origem na técnica que os índios tupinambás utilizavam para conservar o peixe e a caça. Foi da palavra Moqueio que se originou o nome da Ilha de Mosqueiro. Hoje, a moeda social circula em toda a comunidade da Baía do Sol, que possui aproximadamente 7 mil habitantes, atingindo cerca de 96% dos empreendedores locais.

FONTE: http://bancotupinamba.blogspot.com/p/nossa-historia.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário