Postado José Carlos Oliveira
Discute-se muito hoje a necessidade de preservação do Patrimônio Cultural, valorização do passado e memória coletiva das cidades; não só na arquitetura, mas em diversas áreas do conhecimento humano.
O Patrimônio
Arquitetônico representa uma produção simbólica e material, carregada de
diferentes valores e capaz de expressar as experiências sociais de uma
sociedade.
Mas, com o rápido
e desordenado crescimento das cidades brasileiras, com uma progressiva perda e
descaracterização do Patrimônio Histórico, nos faz refletir acerca da constante
necessidade de transformação dos espaços urbanos, paralelo às implicações
referentes à qualidade ambiental e preservação do patrimônio construído.
Nossas cidades não
são locais onde apenas se ganha dinheiro, não se resumem em ser apenas
dormitório para seus habitantes. Nela vivem seres humanos que possuem memória
própria e são parte integrante da nossa história. Por esse motivo, não passa
despercebido pelos habitantes das cidades a destruição da casa de seus
antepassados, de antigos cinemas, bares, teatros e outros prédios históricos. Toda
essa “destruição do patrimônio” para dar lugar ao moderno ou aos gigantes
edifícios de aço e concreto deixam nossas cidades poluídas, sem emoção e seus
habitantes perdem um pouco da identidade e identificação com o local onde
vivem.
Passada a euforia
do modernismo, o homem se volta para a busca de seu passado, de suas memórias.
Essa busca vem do anseio de uma civilização dominada pela técnica que deseja
voltar seus olhos para o passado. Uma espécie de saudade da época em que nossas
cidades eram mais humanas, em que o homem tinha mais tempo para refletir sobre
seu destino.
Assim, a memória coletiva do distrito de Mosqueiro ainda se resume em seus velhos casarões, ao longo da avenida Beira-Mar, no Trapiche, no Coreto da Praça Matriz, nos mercados e no Praia Bar. Eles são o testemunho mudo, porém valioso, de um passado distante. Servem para transmitir às gerações posteriores os episódios históricos que neles tiveram lugar e também como referência urbana e arquitetônica para o nosso momento atual. Preservá-los não só para os turistas tirarem fotos ou para mostrar aos nossos filhos e netos, mas para que as gerações futuras possam sentir “in loco” a visão de uma cidade humana e como se vive nela. Para terminar, parafraseio um importante historiador: “Uma cidade sem seus velhos edifícios é como um homem sem memória”. (TELLES, Leandro Silva, 1977, p.12).
Assim, a memória coletiva do distrito de Mosqueiro ainda se resume em seus velhos casarões, ao longo da avenida Beira-Mar, no Trapiche, no Coreto da Praça Matriz, nos mercados e no Praia Bar. Eles são o testemunho mudo, porém valioso, de um passado distante. Servem para transmitir às gerações posteriores os episódios históricos que neles tiveram lugar e também como referência urbana e arquitetônica para o nosso momento atual. Preservá-los não só para os turistas tirarem fotos ou para mostrar aos nossos filhos e netos, mas para que as gerações futuras possam sentir “in loco” a visão de uma cidade humana e como se vive nela. Para terminar, parafraseio um importante historiador: “Uma cidade sem seus velhos edifícios é como um homem sem memória”. (TELLES, Leandro Silva, 1977, p.12).
Fonte: históriadearquitetura.blogspot.com
ZeCarlosdemosqueiro
ZeCarlosdemosqueiro
MOSQUEIRANDO:
Concordo
plenamente. No entanto, o princípio constitucional da continuidade no Direito Administrativo geralmente é esquecido. E,
em relação ao patrimônio histórico, tal direito implica em conservação e
manutenção, o que menos se vê nas ações de nossos governantes e do próprio povo.
Veja como exemplo, entre tantos, este casarão no centro da Vila do Mosqueiro:
Sobre o Trapiche da Vila, que vai desaparecer
para dar lugar a um Terminal Hidroviário embora seja um marco na história da Ilha, pode-se dizer que é outro exemplo.
Várias reformas, ao longo dos anos, modificaram totalmente as suas linhas
arquitetônicas originais, além de não conseguirem manter a segurança de sua
estrutura agora bastante comprometida. É uma pena! Só podemos esperar que a
nova obra possa contar uma nova história de viagens e turistas e dure mais anos
que o velho Trapiche. Que não fique como aquelas colunas de concreto que estão
ali desde os anos 50, lembrando o descaso e a falta de continuidade da
administração pública nos idos do século passado.
" Uma inestimável perda para a memória de nosso passado e mais um passo lamentável dado pelos responsáveis pela política administrativa do Mosqueiro".
ResponderExcluirO que mais será enterrado ao longo dos próximos anos?
Será o Praia Bar ou o coreto da praça da matriz?
já nem falo mais dos antigos chalés e de muitos casarões como exemplificado acima.
Olhar para o futuro é preciso, entendo ser um passo natural em busca do progresso e adequação para alavancar a atividade Turística que é uma vocação natural do local, no entanto enterrar nossa história sem qualquer manifestação popular soa como um ato autoritário e com propósitos imediatistas.
Seria possível o passado conviver com "obras futurísticas" encampando o novo e o tradicional?
Seria possível continuar contando nossa história, sem ter que mencionar saudosamente que outrora havia um centenário trapiche e que ele desapareceu pela necessidade de impulsionar o crescimento econômico local?
Com muita boa vontade, visão de futuro e com o correto entendimento da atividade turística, sim!
Seria possível alavancar o desenvolvimento turístico local com ideias inovadoras, com a participação da comunidade e principalmente com o empresariado e suas associações locais e outras entidades.
Falta interesse, sobra esperteza!
Abraços,