Autor: Claudionor Wanzeller
Círio
O povo caminha conduzindo a Santa
E, caminhando, carrega a sua tradição para o futuro.
Um futuro que o povo sonha
E reza por ele.
Um futuro que terá as boas marcas do passado,
Que clama por ele.
O clamor dos que fizeram o presente
E a oração do povo que construirá o futuro
Serão ouvidos pela Santa?
Ou se perderão no entrechoque do religioso com o profano?
Será o “Ó!” apenas o símbolo de um clamor eventual?
Ou terá o povo já uma perfeita consciência crítica de sua realidade?
Os filhos da Padroeira da Ilha permanecerão passivos,
Rezando fórmulas já feitas?
Ou transformarão suas vidas na verdadeira oração?
Círio é vela acesa,
Mas a chama da VERDADE e da FRATERNIDADE
Só poderá brotar no coração e na mente
De quem conscientemente o conduz!
O autor:
Claudionor dos Santos Wanzeller, filho de Raimundo Azevedo Wanzeller e Raimunda Miranda dos Santos, nasceu na Ilha do Mosqueiro, no dia 8 de junho de 1949. Em 1958, transferiu-se com a família para Belém, voltando a fixar residência na Ilha em 1974. Fez o Curso Primário no Grupo Escolar Inglês de Sousa e no Grupo Escolar Dr. Justo Chermont. No Colégio Estadual Magalhães Barata, cursou o Ginásio e Ciências Matemáticas. É formado pela Universidade Federal do Pará, concluindo, em 1973, o Curso de Licenciatura em Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa.
Foi professor no Colégio Municipal Alfredo Chaves – anexo do Mosqueiro, Colégio Comercial Ruy Barbosa, Colégio Nossa Senhora do Ó, Escola Estadual de 1.º Grau Paes de Carvalho e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. Honorato Filgueiras.
Como desportista, além de ocupar cargos nas Diretorias do Botafogo F. C. e Pedreira E. C., agremiações tradicionais da Ilha, implantou em 1972, com os professores Firmino Melo e Carmen Dolores de Freitas Jorge, o Futebol de Salão no Mosqueiro. Tornou-se mais tarde, inclusive, técnico de FUTSAL do 5 Estrelas R. C., conquistando o título de Campeão Paraense da 1.ª Divisão. Como Coordenador dos Primeiros Jogos Estudantis Mosqueirenses, recebeu votos de louvor da Câmara Municipal de Belém. Preocupado sempre com a conservação das tradições locais, foi um dos fundadores da Associação dos Grupos de Folclore do Mosqueiro (AGRUFEM) e diretor-fundador da Universidade de Samba Piratas da Ilha.
Autor de várias crônicas publicadas em jornais locais, escreveu, também, o livro Mosqueiro: Lendas e Mistérios, tendo sido homenageado como escritor pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará, durante a realização da IV FEIRA DE LITERATURA PARAENSE, em 2005.
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