segunda-feira, 29 de setembro de 2014

CANTANDO A ILHA: PÔR-DO-SOL



Autor: Mosqueiro Vírgula

Uma criança corre,
O dia vai chegando ao fim,
o sol reflete na água,
Nostalgia! Lembranças da minha infância...
Hoje nas minhas veias corre a saudade,
Saudade do jogo de bola nas tardes de verão,

Agosto, setembro, outubro...
Vontade de voar entre as nuvens que formam brinquedos “Pareidolia”
“Pareidolias” essas. São brinquedos que nunca tive.

Ainda soma-se da juventude, as lembranças dela,
Ela, que não sei onde está.
Este sol sabe,
Estas águas sabem,
As pedras não lembram...
Eu sinto.

FONTE: https://www.facebook.com/profile.php?id=100007302125955&fref=pb&hc_location=friends_tab

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

CURTA NA AMAZÔNIA: O Morto que sabia nadar



Criação: ASSOCIAÇÃO CULTURAL DALCÍDIO JURANDIR

CANTANDO A ILHA: ONDAS DE ADMIRAR



Autor: José Carlos Oliveira


"Ondas que vêm e que vão
Que batem no quebra-mar
Que tornam instantes em magia,
Que me fazem admirar.
Ondas que vêm e que vão
Que batem no quebra-mar
Que me fazem parar
e ficar a admirar...
que fazem meu tempo passar
Olhando bater
no quebra-mar"
























FONTE: https://www.facebook.com/jcsoliveira.carlos?fref=pb&hc_location=friends_tab

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

NA ROTA DO TURISMO: MOSQUEIRANDO NO NORDESTE DO BRASIL 3

CURIOSIDADES: AÇAÍ: O FRUTO QUE ALIMENTA, CURA E INSPIRA!


A Lenda do Açaí

Há muito tempo atrás, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma tribo indígena muito numerosa.
Como os alimentos eram escassos, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo.
Até que um dia a filha do cacique, chamada IAÇÃ, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada.
IAÇÃ ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou vários dias enclausurada em sua tenda e pediu a Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças.
Certa noite de lua, IAÇÃ ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Inicialmente ficou estática, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando-a. Porém, misteriosamente sua filha desapareceu.
IAÇÃ, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros.
Itaki então mandou que apanhassem os frutos em alguidar de madeira, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir desse dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.
  
FONTE: http://www.paratur.com.br/portal/turismo-no-norte/belem/lendas-pai-degua/

O fruto que alimenta, cura e inspira!

 

Renan Rodrigues da Silva é um jovem abaetetubense de 18 anos que não vive sem o açaí. Todos os dias, no almoço e no jantar, o fruto é o alimento indispensável em sua mesa. "Eu não consigo comer sem o açaí", diz ele. Mas, como explicar hábitos alimentares como esse, tão presentes na cultura de grande parte do povo paraense? O antropólogo e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Romero Ximenes, que estuda o assunto há mais de 36 anos, tem a resposta.



Segundo o antropólogo, o açaí é mais do que um hábito alimentar, ele é identidade, comida, música clássica e popular, romance, aterro de rua, remédio, quadrinha popular, mito, cor de gente, cobertura na agricultura, vassoura, corante, pintura de quadro e outras novas significações que vêm surgindo. Daí a importância atribuída ao fruto sagrado do Pará. "Trato o açaí como um rizoma, metáfora filosófica de origem botânica que Deleuze e Guattari usaram para definir uma raiz que cresce em todas as direções. É com essa lógica que procuro explicar as realidades que cercam o açaí".
A pesquisa mostra, ainda, que o açaí é o único alimento de origem vegetal que é prato principal na comida tradicional do Pará. “Esse fruto tem, no imaginário, uma posição de alimento especial e sagrado. Em decorrência disso, não apodrece, apenas “azeda” e nós comemos e apreciamos o açaí azedo. É uma comida imperecível porque é revestida de uma aura sagrada”, defende o antropólogo.
Mas, como o açaí se tornou tão importante para a construção da identidade paraense? De acordo com o pesquisador, quem domesticou o açaí foram os índios amazônicos, “eu diria que, na Amazônia, os índios são os mestres do saber, porque domesticaram o açaí, a seringueira, o tabaco, a mandioca, a batata, a baunilha e outros vegetais de importância mundial”.
A pesquisa revela que há uma grande incidência botânica nativa dos açaizais nas regiões dos estuários dos Rios Amazonas e Tocantins. São nessas áreas que o fruto cria novos significados culturais, sociais, alimentares, artísticos e econômicos. Porém, essas significações não se estendem a todo o Pará.



Romero Ximenes mostra que, no século XIX, ele era considerado uma praga, as pessoas atribuíam à bebida o surgimento de doenças, como a febre amarela, a tuberculose e a lepra. “Hoje, o açaí é a ‘solução’ para todas as doenças. Isso é uma construção do imaginário, pois, dos pontos de vista físico, químico e sanitário, a cura não ocorre”, afirma o antropólogo.
O estudo também aponta a pluralidade do uso do açaí. As pessoas utilizam-no, da raiz ao fruto, para fazer contraste radiológico, curar doenças circulatórias e tirar placas bacterianas da gengiva. “Tanto a medicina acadêmica como a popular estão criando uma série de medicamentos a partir do açaí. É a farmacologização do fruto”, informa Romero Ximenes.
“Há cerca de um ano, detectei o uso do açaí como cor de gente ao ouvir as pessoas dizerem: ‘você é uma morena açaí’. Então, as pessoas não seriam mais brancas, negras, mulatas, amarelas. Teríamos um tipo paraense definido como “morena açaí”, diz o professor. Para ele, isso é um desdobramento do rizoma.

“Chegou ao Pará, parou; tomou açaí, ficou"

Romero Ximenes afirma que a identidade paraense é construída a partir do padrão alimentar regional, simbolizado, principalmente, pelo açaí. Porém, durante muito tempo, os pesquisadores pensavam que não havia uma identidade paraense, porque procuravam identidade na etnia e na raça, “a identidade é, portanto, construída pela comida e não pela etnia”.

 

De acordo com o antropólogo, a comida do Pará seria nacional por excelência, porque é “autêntica” e de origem indígena, segundo o imaginário regional. “Há uma reivindicação de autenticidade e do caráter único da cozinha paraense, que seria a única brasileira”, explica.
E o provérbio paraense “Chegou ao Pará, parou; tomou açaí ficou”, quer dizer o quê?  Segundo o pesquisador, significa afirmar que o Pará tem uma comida tão fascinante que, ao prová-la, o visitante fica fascinado e assume a identidade paraense.

Alimento é cercado de regras, perigos e rituais

Dependendo de cada região, os habitantes atribuem novos significados ao açaí. Segundo o estudo do professor Romero Ximenes, o açaí tem um sentido de comida sagrada na cultura paraense. Não o sagrado que se relaciona simplesmente a Deus, mas àquilo que é cercado de regras, de interditos, de perigos. “Nas comunidades tradicionais, ninguém toma açaí com cupuaçu, com laranja, com limão ou com qualquer fruta azeda. Ele é um alimento cercado de rituais e de cerimoniais. É um alimento que se toma para, posteriormente, “jibuiar’, ou seja, descansar e dormir”, esclarece. De acordo com ele, esse termo é fundamentado no comportamento da jiboia, que, após se alimentar, fica quieta e acomodada para digerir o alimento. 
Porém, quando a comida migra para outras regiões, acaba assumindo novos significados. Romero Ximenes diz que, em Ipanema, no Rio de Janeiro; no Guarujá, em São Paulo ou em San Diego, na Califórnia, as pessoas tomam o açaí como um energético. Nesses locais, o açaí é misturado com frutas vermelhas, com chocolate ou com iogurte.
Segundo o pesquisador, o açaí assume posição central na cultura do povo paraense já que nos identifica, “o açaí é o produto de maior valor na região amazônica. Ele é a via de acesso mais ampla para o imaginário e a cultura paraenses, para os processos de classificação e de visão do mundo e, certamente, de identidade. Portanto o açaí é o rizoma da cultura local”. 



FONTE:http://mosqueiroambiental.blogspot.com.br/2013/05/acai-fruto-que-alimenta-cura-e-inspira.html

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

NA ROTA DO TURISMO: MOSQUEIRO: ILHA DOS SABORES



PRODUÇÃO: TV CULTURA DO PARÁ

Postado por Felipe Cortez

CANTANDO A ILHA: MOSQUEIRO, ILHA DO AMOR



Música: Mosqueiro, Ilha do Amor, de Mahrco Monteiro

Postado por Rafael Araújo

MEIO AMBIENTE: MOSQUEIRO: SALINIZAÇÃO DAS ÁGUAS ESTUARINAS

 

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Baia do Marajó

A desembocadura do rio Amazonas abrange uma área de cerca de 60.000 km2, onde a parte sul forma um estuário com mais de 200 km de extensão, que inclui a baía do Marajó e a parte sul do estuário do rio Pará, no qual está inserida a baía do Guajará, com aproximadamente 35 km de extensão.

A ilha de Mosqueiro localiza-se no estuário amazônico, mais precisamente na baía do Marajó, que compreende a região mais próxima do oceano e recebe toda a descarga do rio Tocantins, outros pequenos afluentes do rio Amazonas.  Assim, apesar de possuir praias de água doce, sofre uma variação de salinidade nos meses de setembro a dezembro, em decorrência do período de estiagem.

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Habitação ribeirinha (Gravura: Projeto MEGAM-UFPA)

A salinidade nesta baía é bastante variável: de 0 a 0,5 (*) no período chuvoso e acima de 2 no período seco, podendo chegar a 10 na sua foz. Devido a este fator ambiental, há ocorrência de abundância em biomassa e número das espécies de peixes de importância comercial. Os fatores determinantes da elevada riqueza e diversidade da presente área podem ser explicados pelas flutuações nos valores da salinidade que favorece a transição de espécies de água doce e marinha e a presença de um complexo insular de ilhas que margeiam toda a área, oferecendo grande disponibilidade de alimento e diversidade de habitat.

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Ambiente de mangue no estuário

O valor econômico e a função ecológica dos estuários estão relacionados ao conjunto das variáveis físicas, químicas e biológicas e a importância do uso pela ictiofauna como áreas de proteção de juvenis e berçário, refúgio para adultos em reprodução e diversidade de alimentos.

No período seco, o aumento da salinidade ocasiona a invasão de espécies marinhas na área aumentando a abundância de recursos disponíveis para a pesca comercial.

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Siri azul em ambiente de praia com águas salobras

Adicionalmente, o mesmo aumento na salinidade faz com que ocorra a deposição de sedimento modificando a coloração da água para esverdeada, aumentando a zona eufótica e consequentemente à proliferação de fitoplâncton, base da cadeia trófica. Logo conclui-se que no período seco, a farta oferta de alimento, concentração de muitas espécies em uma menor porção de água destacam a importância desta área, também sob o ponto de vista biológico. A dupla e simultânea importância, ecológica e econômica da baía do Marajó, com prioridades média, alta e muito alta de conservação, sugere que as estratégias de conservação da ictiofauna devem ser debatidas junto aos pescadores e toda comunidade envolvida.

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Praia do Ariramba - Ilha de Mosqueiro

Do ponto de vista ambiental a salinidade tem um papel fundamental na estrutura e no funcionamento ecológico da zona costeira. Gradientes de salinidade, isto é, a variação espacial da salinidade ao longo de um determinado espaço horizontal ou vertical é fundamental na circulação de baias, lagoas costeiras e estuários ao redor dos quais concentra-se o desenvolvimento humano ao longo da costa.

A Amazônia possui 23 espécies de camarões de água doce, sendo três as mais exploradas comercialmente. Contudo, a poluição, a pesca predatória e a destruição das áreas de reprodução (manguezais) vêm diminuindo a quantidade e o tamanho dos camarões da região, comprometendo a rentabilidade dos pescadores e o equilíbrio do próprio ecossistema.

(*) – Classificação de Veneza: Área de rio com influência de marés oceânicas (salinidade < 0.5 – limnético) a (salinidade entre 2 e 18 – mesoalina).

Extraído e condensado de: ABORDAGEM MULTICRITERIAL E INDICADORES ECOLÓGICOS E ECONOMICOS UTILIZADOS NA IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA NO ESTUÁRIO AMAZÔNICO, BRASIL.

KEILA RENATA MOREIRA MOURÃO, UFPA, 2012.

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Acesse:

http://www.rts.org.br/noticias/sustentabilidade-no-estuario-do-rio-amazonas

http://www.ufpa.br/projetomegam/sub01.html
souparaense.com.

FONTE: http://mosqueiroambiental.blogspot.com.br/2013/09/mosqueiro-salinizacao-das-aguas.html

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

CURIOSIDADES: Tradição que resiste ao tempo – “Passar fogo na canoa”

 

Edgar "Cordeirão" e Francisco "Jiboia" - "Passando o fogo na canoa”.

Autor: Hernandes Fernandes

Atividade que consiste em passar um facho - geralmente feito de palha de coqueiro ou de açaizeiro - ao longo do casco do barco no intuito de matar o "TURU" através do calor.

Após a etapa de passar o fogo no casco da embarcação, passa-se umas camadas de piche que é diluído em uma lata sobre o fogareiro, usando como diluente o querosene. À medida que o piche vai esfriando fica mais denso e começa a endurecer no "escopeiro" - uma espécie de pincel improvisado com varanda de rede velha - e há a necessidade de levar por várias vezes ao fogo durante o trabalho.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre:

O turu (Teredo  sp.), também gusano, busano1 ou cupim-do-mar2 é um molusco bivalve da família dos teredinídeos, possui aspecto vermiforme semelhante a uma minhoca, tendo numa das extremidades valvas com sulcos providos de dentes, que são utilizados para abrir galerias em madeiras submersas, formando aí as suas colónias. A sua carne é comestível, sendo parte das culinárias paraenses e amazónicas, principalmente na Ilha de Marajó, podendo ser consumida na forma crua, cozida ou em sopas.3 É um alimento rico em cálcio e ferro. O sabor é descrito como semelhante ao dos mariscos, como as ostras.

Vivem principalmente em manguezais, alimentando-se dos seus troncos ou em árvores podres e caídas na água. Conseguem devorar a madeira através de seus dentículos na cabeça. São como cupins de madeira molhada, pois são encontrados nos cascos das embarcações, causando-lhes prejuízos.

 

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Facho de palha – Lata de piche – Fogareiro – Escopeiro - Fogareiro improvisado em uma panela de alumínio.- Carvão

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FONTE: http://www.baiadosolsempre.blogspot.com.br/2014/08/tradicao-que-resiste-ao-tempo-passar.htm