Autor: Prof. Alcir Rodrigues
Aqui, nesta calçada,
defronte deste caramanchão,
próximo ao chalé Porto Franco ― desde a Belle Époque
mirando a Baía de Marajó ―,
sem chapéu na cabeça,
na mão, ou virado no chão,
contemplo um tempo
que não vi (vi):
vejo ali na areia
e após na água da praia,
(a banhar-se),
a alegria descontraída
de Mário de Andrade
― é maio de 1927 ―,
entregue às ondas
destas águas do Chapéu-Virado,
neste tempo que não
vi (vi),
mas que perco-ri
na transcendência das entrelinhas imaginárias
deste poema
que agora escrevi (vi).
FONTE: http://www.komedi.com.br/escrita/leitura.asp?Texto_ID=9247
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