sábado, 2 de fevereiro de 2019

MEIO AMBIENTE: BRUMADINHO, UM RETRATO DA NOSSA OMISSÃO



Brumadinho (MG) – assim como Mariana – é o cenário de uma lamentável tragédia humana e social e, sobretudo, de um CRIME AMBIENTAL anunciado. Não consideramos o rompimento de uma barragem de rejeitos minerais um desastre natural, porque somente os castores constroem barragens naturais. Toda e qualquer ação antrópica no meio ambiente corresponde a uma reação igual e contrária de nossa Mãe Natureza. A equação é bem simples: DESTRUIÇÃO É IGUAL Á DESTRUIÇÃO. E pagamos um preço bem alto: algumas vezes, com a vida de pobres pessoas inocentes e suas conquistas terrenas ou com milhões, quantia vultosa auferida pelos detentores do poder econômico através da ganância insana.
Por que buscar motivos técnicos, que só atestariam o nosso subdesenvolvimento, se as causas são tão evidentes? Ora, vivemos em nosso país um Capitalismo que está acima de tudo, inclusive acima dos princípios básicos da Democracia, e o Lucro que está acima de todos, motivando um escravismo salarial e um consumismo desmedido. Quem pode contestar essa verdade?
Fala-se em leis de licenciamento ambiental mais duras, enquanto o Governo do “Novo Brasil” pretende flexibilizar essa legislação. Esquecem, porém, uma coisa importante: a APLICABILIDADE DAS LEIS, que só poderá acontecer com a efetiva FISCALIZAÇÃO promovida pelo Governo e a imprescindível atuação dos Poderes da República isentos da corrupção e atitudes protecionistas.
O pior de tudo é que, em nosso país, a memória coletiva é fraca e a conscientização se perde com o tempo. Basta a mídia não publicar mais para que os fatos e os erros do passado caiam no esquecimento. Quem financiaria, por exemplo, ondas verde-amarelas, vermelhas, verdes ou de qualquer cor do arco-íris, não com a finalidade das campanhas políticas, mas para lembrar catástrofes de tamanha magnitude e cobrar de políticos e autoridades competentes providências que evitassem a repetição dos mesmos erros?
Errare humanum est, mas permanecer no erro é burrice! Parece-me, muitas vezes, que o maior problema do Brasil são os brasileiros! Somos nós! “É nóis! ”