Brumadinho
(MG) –
assim como Mariana – é o cenário de
uma lamentável tragédia humana e social e, sobretudo, de um CRIME AMBIENTAL
anunciado. Não consideramos o rompimento de uma barragem de rejeitos minerais um
desastre natural, porque somente os castores constroem barragens naturais. Toda
e qualquer ação antrópica no meio ambiente corresponde a uma reação igual e
contrária de nossa Mãe Natureza. A equação é bem simples: DESTRUIÇÃO É IGUAL Á
DESTRUIÇÃO. E pagamos um preço bem alto: algumas vezes, com a vida de pobres
pessoas inocentes e suas conquistas terrenas ou com milhões, quantia vultosa
auferida pelos detentores do poder econômico através da ganância insana.
Por que buscar motivos técnicos, que só
atestariam o nosso subdesenvolvimento, se as causas são tão evidentes? Ora,
vivemos em nosso país um Capitalismo que está acima de tudo, inclusive acima
dos princípios básicos da Democracia, e o Lucro que está acima de todos,
motivando um escravismo salarial e um consumismo desmedido. Quem pode contestar
essa verdade?
Fala-se em leis de licenciamento ambiental mais
duras, enquanto o Governo do “Novo Brasil” pretende flexibilizar essa
legislação. Esquecem, porém, uma coisa importante: a APLICABILIDADE DAS LEIS, que
só poderá acontecer com a efetiva FISCALIZAÇÃO promovida pelo Governo e a
imprescindível atuação dos Poderes da República isentos da corrupção e atitudes
protecionistas.
O pior de tudo é que, em nosso país, a memória
coletiva é fraca e a conscientização se perde com o tempo. Basta a mídia não
publicar mais para que os fatos e os erros do passado caiam no esquecimento.
Quem financiaria, por exemplo, ondas verde-amarelas, vermelhas, verdes ou de
qualquer cor do arco-íris, não com a finalidade das campanhas políticas, mas
para lembrar catástrofes de tamanha magnitude e cobrar de políticos e
autoridades competentes providências que evitassem a repetição dos mesmos
erros?
Errare
humanum est, mas
permanecer no erro é burrice! Parece-me, muitas vezes, que o maior problema do
Brasil são os brasileiros! Somos nós! “É
nóis! ”