segunda-feira, 30 de novembro de 2015

EVENTO RELIGIOSO: CÍRIO DE CARANANDUBA

 

Autor: Beto Messias

A FESTIVIDADE DE NOSSA SENHORA da CONCEIÇÃO aconteceu neste domingo, 29 de novembro, em CARANANDUBA.

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NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. A Fé do Povo caminhando pelas ruas do maior bairro da Ilha do Mosqueiro.

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O Bispo auxiliar de Belém, Dom Irineu, estava presente na Festividade da Padroeira do maior bairro de Mosqueiro. A Juíza titular do TJE, Graça Alfaia, como fervorosa católica e paroquiana acompanhou a procissão. Padre Francisco empregou bonitas palavras na missa que emocionou a todos.

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Após a procissão, o almoço no salão paroquial com as famílias foi saboreado com o melhor de Ed Sousa, que cantou as mais pedidas músicas católicas. Ed é artista nosso, aqui da ilha e morador do bairro.

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FONTE: https://web.facebook.com/beto.messiasdemosqueiro?fref=pb&hc_location=friends_tab&pnref=friends.all

terça-feira, 10 de novembro de 2015

JANELAS DO TEMPO: AEROPORTO NA ILHA

 

Autores: Prof. Francisco Almeida e Prof.ª Maria Beatriz Mendes

O bairro do Aeroporto na Ilha do Mosqueiro, que fica a cinco quilômetros da Vila, tem a origem do nome por funcionar como campo de pouso feito por aviões de pequeno porte nesse local, nas décadas de sessenta e setenta. Tinha uma pista principal de 900 metros, um pequeno hangar com um funcionário que coordenava a linha aérea Mosqueiro-Belém, sem instrumentos específicos da aviação e curso qualificado, o senhor “Capitão Rufino”, como era conhecido. Durante duas décadas, trabalhou a bem do desenvolvimento desse bairro e da aviação, ficando no anonimato, porém contribuindo muito para a urbanização dessa comunidade. Tentando escrever sobre o Bairro do Aeroporto, entrevistei o casal, o filho do seu Raimundo Rufino Lemos, chamado Francisco Araújo Lemos, e a sua esposa Maria Lemos; os mesmos se reportaram dessa forma:

“O aeroporto, no início, era só mato, mato, não tinha casas. O meu pai veio do Ceará em 1961; depois o prefeito de Belém, Carlos Arruda, mandou construir uma pista de asfalto, fez um hangar e um bar dentro e chamou o meu pai para ser funcionário da prefeitura e tomar conta do hangar e do bar, em 1963. No bar, vendia café, refrigerante, bebida para os pilotos e passageiros. Nos finais de semana ficavam 18 aviões no hangar. A viagem para Belém durava em média de cinco a quinze minutos. Os aviões quando passavam de madrugada só faltavam derrubar as casas; uma vez um avião bateu num abacateiro e ficou sem as asas, só com o corpo da aeronave no meio da pista, mas ninguém morreu; era um treinamento de pilotos. Meu pai trabalhou do início da fundação do aeroporto até fechar, com a chegada dos cabos de alta tensão da CELPA, porque ficou proibido o pouso dos aviões; mas antes disso, com a abertura da ponte Belém-Mosqueiro, nesse período o trânsito de aviões já era pouco, pois muitas pessoas já tinham automóveis e aos poucos foram sumindo os transportes aéreos” (Francisco e Maria Lemos, 24/10/2012).

Esse modelo de trabalho desenvolvido no aeroporto de Mosqueiro era conhecido como “guarda-campo” e foi a profissão do “Capitão Rufino”, que trabalhou no comando de pouso dos teco-tecos que faziam a linha aérea Belém-Mosqueiro- Marajó, transportando em média quatro pessoas contando com o tripulante e, em outros momentos, serviam para o transporte de peixes e jacarés, geralmente para o abate comercial; os aviões eram de propriedade particular e da empresa Aeroclube da cidade de Belém. Segue foto do antigo Hangar ainda resistindo ao tempo e à urbanização do bairro do Aeroporto.

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Seu Francisco recorda que logo quando veio do Ceará o bairro era só mato, o mesmo já era rapaz, trabalhava e, nos finais de semana, acompanhava o pai. Afirma também que teve o prazer de pegar carona nos teco-tecos, a pedido de seu pai para os pilotos, quando era necessário, e os mesmos não negavam a carona. Hoje, sendo septuagenário (78 anos), lembra-se de tudo que viu na história da aviação no Mosqueiro. Em homenagem ao seu falecido pai, há uma Alameda em Mosqueiro chamada Alameda Rufino.

FONTE: Pereira, Francisco Antônio Almeida, Mendes, Maria Beatriz Pacheco. Mosqueiro: uma Viagem ao Passado. Belém: Imprensa Oficial do Estado. pp. 46, 47 e 48.

MOSQUEIRANDO: Não é bom lembrar, mas o histórico prédio do HANGAR já não existe! Contudo, os primeiros aviões a pousarem na Ilha não o fizeram nesse aeroporto. Em 1927, o “Breguet 118” e, em 1929, o monomotor “Peru” desceram na praia do Chapéu Virado e, durante a 2ª. Guerra Mundial, vários hidroaviões e até um Zeppelin pousaram na praia do Farol.

PESQUISE NESTE BLOG:

http://mosqueirando.blogspot.com.br/2011/01/na-rota-da-historia-o-pouso-dos-avioes.html

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A EDUCAÇÃO NO INTERIOR DA ILHA: UM PROJETO VOLTADO PARA O MEIO AMBIENTE


                                          Autor: Rogério Silveira

Esta reportagem produzida pelo Ateliê do Jornalismo, detalha o trabalho colaborativo do EcoMuseu da Amazônia com os professores das escolas públicas localizadas no interior da Ilha de Mosqueiro, próxima de Belém do Pará.

sábado, 7 de novembro de 2015

CANTANDO A ILHA: SOMBRA & LUZ

Autor: Prof. Alcir Rodrigues


É madrugadinha no Bispo.
Das árvores vão descendo
as sombras que se arrastam
em meio às grandes rochas.

E seu silêncio sopra em simbiose
com o marulho da beira,
fronteira onde água e areia
em conjunção orgásmica
transfundem-se, tão interpenetradas
em si quanto aquele
duplo vulto notívago e insone,
na contínua cópula escultórica
de horas a fio: em pé, sobre as rochas,
em decúbito no solo praieiro,
sentados com água pela cintura,
felicíssimos na dança
das águas cadenciadas
desta mística praia,
já no lusco-fusco do alvorecer.

Ali há líquidos fluindo
de dentro para dentro,
não só dos corpos suados,
mas a introduzir-se
pelas ribanceiras e
de lá se precipitando,
pelos galhos pendentes,
como se gotas etéreas fossem,
esguichadas gotas cristalinas
de sêmen jorradas
e nascidas de sombra & luz.


De minha autoria, inspirado pela Bela da Foto abaixo: