domingo, 21 de outubro de 2012

CANTANDO A ILH: A TROVA DA PONTE MINHA

Autor: Augusto Meira Filho

Mosqueiro, ponte e churrasco

Lá no Furo das Marinhas

Lembram vitórias minhas

Que o povo cedo esqueceu...

Ao lado do governante

Minha voz sempre constante

Lutando como um gigante

Nossa terra enriqueceu!

 

Quantas vezes, descuidada

A cidade adormecida

No silêncio protegida

Despertando a madrugada...

Embalado nos meus sonhos

Pioneiros da jornada

Venci caminhos medonhos

Com fé em Deus e mais nada!

 

Fiz do ardor da caminhada

Um poema de civismo

Destruindo o pessimismo

De uma gente desfibrada...

Em vinte anos, a estrada

Na metade, veio a ponte

Meu presente à namorada

Inspiração, amor e fonte!

 

Agora tudo são flores

Nos corações e nos olhos

Para quem venceu os abrolhos

Conquistando seus amores...

Paraense que tem fibra

Do nordeste o sangue forte

Luta e avança, não se libra

Vai à frente, vence a morte!

 

Resumindo nestes versos

Nas veredas da saudade

Meus anseios de menino

Sem mesmo nada temer...

Dou-me todo de verdade

Às manhãs da mocidade

Às sombras desta cidade

Que um dia me viu nascer!

 

                          Belém, 29/9/1975

FONTE: MEIRA FILHO, Augusto. “Mosqueiro Ilhas e Vilas”- ED. GRAFISA, 1978- p. 445.

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