sexta-feira, 24 de junho de 2011

EVENTO CULTURAL: AS RAÍZES PROFANAS DE SÃO JOÃO

Autor: Marcelo Affini

“A fogueira de São João nasceu antes de São João. Quando o Vaticano instituiu, no século VI, o dia 24 de junho para a comemoração do nascimento daquele que batizou Cristo, os povos europeus já celebravam com grandes fogueiras, a chegada do sol e do calor. Em 58 a.C., quando o imperador romano César conquistou a Gália (França), os bárbaros já comemoravam o solstício do verão, no dia 22 ou 23 de junho – o momento em que o Sol pára de afastar-se (solstício vem do latim e significa “sol estático”) e volta a incidir em cheio sobre o hemisfério norte. “Os cultos pagãos eram rituais de abundância e fertilidade”, diz a professora Maria Lúcia Montes, antropóloga da Universidade de São Paulo. “Havia sacrifícios de animais e oferendas de cereais para afastar os demônios da esterilidade, das pestes agrícolas e da estiagem”. O cristianismo, na verdade, apenas “converteu” uma tradição pagã em festa católica.

Até hoje, as tradições pagãs e cristãs convivem. A seita Uika, inspirada nos antigos celtas (povo que dominou o oeste da Europa no primeiro milênio antes de Cristo) acende grandes fogueiras ao redor do mundo, no solstício do verão europeu. No Brasil, a Uika promove comemorações místicas, com mais de 500 pessoas, no dia de São João, em São Tomé das Letras (MG) e Mauá (RJ). Na Espanha, as Hogueras de San Ruan são uma das tradições mais cultivadas, especialmente na Catalunha.

Em Portugal, as comemorações foram ampliadas no século XIII, incluindo o dia de Santo Antônio de Pádua (que nasceu em Portugal, mas morreu na Itália, no dia 13 de junho) e o da morte de São Pedro, em 29 de junho. Transportadas para o Brasil colonial, as festas “pegaram” entre índios e escravos. Descrevendo as celebrações católicas “assimiladas” pelos indígenas, o jesuíta Fernão Cardim escreveu em 1583, em seu Tratado da Terra e da Gente do Brasil: “A mais alegre é a das fogueiras de São João, porque suas aldeias ardem em fogo e, para saltarem as fogueiras, não os estorva a roupa, ainda que algumas vezes chamusquem o couro”.

Com a chegada da família real portuguesa, que se transferiu para o Brasil, fugindo de Napoleão, na Europa, as festas juninas tomaram novo rumo. Junto com os 15.000 aristocratas que desembarcaram no Rio, em 1808, veio a contradança (originada nos country-dances, bailes camponeses da Normandia e da Inglaterra) que animava as festas da realeza. Era uma dança de casais que trocavam de pares. Não demorou muito, as contradanças saíram dos salões nobres para as festas populares. Casamentos, batizados, festas juninas, festas de padroeira e muitas outras passaram a ser comemoradas com a dança francesa.

No final do século XIX, surgiram formas mais modernas e urbanas de dançar, como a polca, o maxixe e o lundu, e as quadrilhas foram desbancadas. Entretanto, permaneceram na zona rural, onde a população é mais conservadora. A partir de 1930, quando o nacionalismo de Vargas estimulou a busca de uma identidade cultural brasileira, a vida rural foi revalorizada. Segundo o antropólogo Renato da Silva Queiroz, da USP, “junto com a temática do homem do campo surgiu a dança caipira que nada mais é do que a quadrilha de origem aristocrática com adaptações”.

Hoje, a evolução segue a direção do espetáculo. Segundo o antropólogo Ricardo Lima, da Funarte (Fundação Nacional da Arte), no Rio de Janeiro, há mais de 700 “quadrilhas monumentais” no estado. “São grupos de encenação que vestem roupas caríssimas, imitam os trajes das contradanças francesas do século XVIII e aproveitam as quadras de escolas de samba para ensaios”, conta Lima. As novas quadrilhas usam, cada vez mais, temas como enredos de carnaval, adotam alegorias e dançam ao som de música sertaneja e música funk Dentro em pouco, teremos a tecno-quadrilha.

São João Batista

“Nasceu em 24 de junho, primo de Cristo e precursor do Messias. O catolicismo associou sua tradição à festa pagã da fogueira. Assim, segundo a lenda, Isabel, a mãe de São João, teria anunciado o nascimento do filho à irmã, Maria, mãe de Jesus, acendendo uma fogueira em cima de um morro. A fogueira virou bom presságio. São João foi degolado por ter denunciado o adultério de Herodes com a cunhada Salomé.”

FONTE: Revista SUPER INTERESSANTE. ANO 9. Nº 6 – JUNHO 1995. pp. 26 e 27.

MOSQUEIRANDO: Com a chegada dos projetos de urbanização na ilha do Mosqueiro e o conseqüente asfaltamento de suas ruas, a tradicional fogueira de São João vai desaparecendo, assim como ocorre com os terreiros juninos. No entanto, o espírito festivo da época continua bem vivo nos grupos folclóricos da ilha (quadrilhas, bois-bumbás e pássaros), no FORROILHA, festival junino promovido pela AGRUFEM (Associação dos Grupos de Folclore do Mosqueiro) e ONG VIVA MOSQUEIRO e nas Festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro. Se a fogueira vai-se extinguindo, São João continua sendo comemorado entusiasticamente, nas festividades promovidas pelo CHIBIRICA e pela ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MARACAJÁ, com direito a MASTRO e animadas festas dançantes.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

NA ROTA DO TURISMO: ANÀLISE DO TURISMO NA ILHA DE MOSQUEIRO MEDIANTE A ELABORAÇÃO DE MAPAS AMBIENTAIS

Autores:

Gerlei Agrassar de Menezes [1]

Wanja Janayna de Miranda Lameira [2]

Claudionor dos Santos Wanzeller [3]

RESUMO

O objetivo deste estudo é analisar a questão do turismo na ilha de Mosqueiro mediante o uso dos fundamentos da cartografia temática e das ferramentas de geotecnologias. Sua importância está no papel-chave que pode desempenhar na sistematização do turismo na ilha de Mosqueiro, bem como servir de base para o desenvolvimento de diagnósticos ambientais e políticas públicas. Assim, foram contemplados os aspectos ambientais e socioeconômicos para a compreensão da realidade local. Os resultados indicam que inicialmente o turismo estava concentrado na faixa litorânea da ilha, porém atualmente tende a migrar para a parte interiorana formada por um conjunto de pequenas ilhas pouco conhecidas e razoavelmente preservadas.

 

Palavras-chave: mapa turístico, turismo, ecoturismo, Amazônia, ilha de Mosqueiro

 

ANALYSIS OF MOSQUEIRO ISLAND TOURISM THROUGH THE ELABORATION OF ENVIRONMENTAL MAPS

ABSTRACT

The objective of this article is to analyze the current question of Mosqueiro Island tourism through the use of basis thematic cartography and geotechnologies. The importance of this study is key roles played in the systematization of tourism on the Mosqueiro island as well as serve as a basis for the development of environmental diagnostics and public politicies. Were studied the environmental and socioeconomic aspects to improve the comprehension of the local. The results indicated tourism was initially concentrated on the island coast, but nowadays tends to migrate to the island part formed by a group of little-known small islands and reasonably preserved.

Palavras-chave: Island of Mosqueiro, amazon, tourism, environmental map.

 

[1] Faculdade Ipiranga - FAZ. Aluna de graduação, turma 200x do curso de Turismo. e-mail: gerlei1@hotmail.com

[2] Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG. Laboratório de Sensoriamento Remoto – UAS. Msc. Em Geografia pela Universidade de São Paulo. Atualmente Pesquisador-Bolsista pelo CNPq. e-mail: wlameira@museu-goeldi.br

[3] Escola Estadual Honorato Filgueiras. Licenciado em Letras. Mosqueiro-Belém - PA – Brasil. e-mail: cswanzeller@hotmail.com

 

1. INTRODUÇÃO

O uso de mapas sempre foi uma necessidade do homem para administrar e racionalizar a utilização do espaço geográfico. Segundo Lacoste (1988), quem conhece o arranjo espaço de determinado lugar detém a capacidade maior de intervenção. Neste sentido, o saber cartográfico passa a ser concebido como ferramenta estratégica de planejamento e gestão do espaço.

Segundo Martinelli, (1995), a compreensão e organização do espaço em mapas têm como finalidade representar graficamente, de forma sistematizada e objetiva, os aspectos naturais e artificiais da superfície terrestre. Contudo, alguns aspectos devem ser respeitados para não representar formas que não existem na realidade, uma vez que os mapas podem assumir diferentes propósitos tais como políticos, militares, gestão, turismo, entre outros (ULLER, 1995).

O uso do mapa no âmbito do turismo surgiu de maneira semelhante aos primeiros mapas temáticos, mediante a inclusão de informações turísticas tendo como representação gráfica o uso de pontos sobre os mapas topográficos. Atualmente, com o avanço das geotecnologias e dos sistemas de comunicação visual este tipo de registro gráfico tornou-se mais preciso e complexo, embora não haja uma cartografia específica, que adote um sistema único e independente para atender à temática do Turismo (MARTINELLI, 2001).

Pensando nisso, o objetivo deste estudo foi elaborar um mapa turístico ambiental da ilha de Mosqueiro, fundamentado na concepção da cartografia temática. A escolha desta área de estudo se justifica por ser um espaço privilegiado de fácil acesso, com belezas naturais singulares pouco conhecidas e, atualmente, sob forte pressão antrópica. Espera-se que tal iniciativa, possa subsidiar, no âmbito da ciência, a sistematização do turismo e, a nível local, estudos de diagnósticos ambientais e o desenvolvimento de políticas públicas na ilha de Mosqueiro.

2. A ILHA DE MOSQUEIRO

2.1. Localização e Aspectos Geográficos

A ilha de Mosqueiro, centro do maior arquipélago do município de Belém, capital do Estado do Pará, está inserida na microrregião guajarina em um típico ambiente estuarino com influências do oceano Atlântico, sendo banhada pelo rio Pará (sig.: abundância d’água), que forma as baías de Santo Antônio, do Marajó e do Sol. Os principais rios que nascem no interior da ilha são o Murubira, o Pratiquara e o Mari-Mari, os quais seguem o regime das marés (WANZELLER, 1999).

Esse complexo sistema de drenagem permite identificar na ilha três ecossistemas distintos: a região litorânea caracterizada pela presença de uma faixa de areia com aproximadamente 18 km, que forma as praias; a região de terra firme formada pelas áreas mais altas, mais afastadas dos rios e outros cursos d’água, portanto não sujeitas a alagamentos; e a região de áreas mais baixas, podendo ser de igapó e/ou várzea com pequenas ilhas anexas, a qual apresenta dinâmica ambiental definida pela dinâmica dos rios e diversos cursos d’água.

Segundo o Anuário Estatístico de Belém (2000), a ilha de Mosqueiro ocupa uma área de aproximada de 212,547 km² e altitude média de 15m acima do nível do mar. Geograficamente, está localizada entre as coordenadas 01° 04’ 11’’ a 01° 13’ 42’’ S. e 48° 19’ 20’’ a 48° 29’ 14’’ W. Gr. (Figura 1).

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Figura 1. Localização da ilha de Mosqueiro em relação ao estado do Pará, Brasil.

Fonte: Adaptado de IBGE (1997).

2.2. Aspectos ambientais

A Paisagem apresenta característica típica de uma região de ambiente equatorial, com clima tropical quente e úmido e um dos maiores índices de precipitação, chegando a cerca de 3.300 mm por ano, o que equivale a mais de 150 dias de chuvas no período do inverno amazônico (janeiro a maio) e o de menor intensidade, de outubro a novembro (EMBRAPA, 2009). A temperatura média mensal varia entre 24°C e 28°C, embora as médias mínimas possam ser inferiores a 22°C e as máximas, superiores a 30°C. A umidade relativa do ar é bastante elevada, com média anual variando entre 70% e 91% (RIBEIRO, 2007).

A principal ocorrência dos tipos de solos são sete: (i) Latossolo Amarelo Álico (e variações), (ii) Areia Quartzosa Álica Latossólica, (iii) Concrecionário Laterítico Álico, (iv) Podzólico Vermelho Amarelo Álico, (v) Podzol Hidromófico, (vi) Gley Pouco Húmico (e variações) e (vii) Hidromóficos Indiscriminados (SILVA, 1975). Característicos de área com baixa e média fertilidade e elevado teor de ferro.

A cobertura vegetal natural da ilha está sob o domínio da Floresta Ombrófila Densa, onde a grande diversidade florística representa a exuberância da floresta amazônica. São encontrados dois subtipos, cujos limites são coincidentes ao das seções fisiográficas presentes na área: nos terraços pleistocênicos, ocorre a mata de terra firme, enquanto nas planícies aluviais, a mata de várzea; entre cujas espécies, constituindo a mata ciliar em alguns trechos, observamos a existência de mangueiros, predominando o mangue vermelho (Rhizophora mangle), a siriubeira (Avicennia germinans) e o mangue-branco ou tinteiro (Laguncularia racemosa) (IBGE, 2006).

A Paisagem da ilha, atualmente, é marcada pela presença significativa de vegetação secundária (capoeira) e fragmentos florestais decorrentes das áreas onde as matas foram derrubadas para a implantação de atividade agropecuária, expansão urbana e ocupação irregular espontânea (invasões) entre outras.

2.3. Aspectos socioeconômicos

A ocupação da ilha de Mosqueiro faz parte do contexto histórico do processo de colonização da Amazônia, particularmente a do Estado do Pará e de sua Capital. É a história de um arquipélago ímpar localizado às margens do delta do rio Amazonas, que vem encantando os turistas desde o fim do século XIX, quando foi descoberto como balneário bucólico e aprazível por estrangeiros que trabalhavam em Belém (BRANDÃO, 2006).

Em 1627, a carta geral do Brasil, por João Teixeira Albernaz, traz referência ao delta amazônico com inúmeras ilhas sem nome. Somente em 1680, pela primeira vez em registro cartográfico aparece a denominação Ponta da Musqueira, que parece ter sua origem em moqueio, termo que designa o método de conservação do peixe utilizado pelos tupinambás, nessa época, o maior contingente indígena nas regiões da costa brasileira. Em mapa de 1666, já existe referência à Província dos Tupinambás, que incluía as ilhas do Sol (Colares) e do moqueio (Mosqueiro).

Foram esses povos que proporcionaram o grande suporte ao desenvolvimento da Colônia como mão-de-obra especial, tanto nas lutas pela posse da região quanto na exploração de riquezas, que se realizaram logo após a chegada dos fundadores de Belém. Em 1616, certamente Mosqueiro possuía as mesmas possibilidades das outras regiões da Capitania em plena fase do período econômico de negociação das drogas-do-sertão em voga nos mais diversos pontos da conquista lusitana, da qual Belém representava um polo fundamental.

Embora existam indícios da presença de espanhóis e franceses durante o século XVI, a colonização da ilha foi feita, a partir do século XVII, pelos portugueses vindos de São Luís do Maranhão, que se instalaram ao norte. Basicamente, a atividade econômica consistia da pesca artesanal, da caça e do extrativismo vegetal. No século XVIII, grandes áreas de terra foram doadas pelo governo da província como léguas de sesmarias, sendo instalados ao norte os primeiros sítios agrícolas, inicialmente com a mão-de-obra dos indos escravizados, depois substituídos pelos escravos africanos. Começa, então, a agricultura de subsistência, com a feitura das primeiras roças. No início do século XIX, a população da ilha é constituída de ribeirinhos e sitiantes, um povo mestiço, indioide, pobre, vivendo em humildes cabanas cobertas de palha (BRANDÃO, 2006).

Anos mais tarde, quando Belém caíra em poder dos chefes cabanos, Mosqueiro tornou-se parte do cenário da reação nativa de mais alto significado da história paraense no período do Império, ou seja, a famosa Guerra da Cabanagem. A ilha, um dos redutos cabanos, foi invadida pelas tropas legalistas, que, vindas da ilha de Tatuoca (sede do Governo Imperial), desembarcaram na praia do Chapéu Virado, no dia 21 de janeiro de 1836. Apesar da heróica resistência, os cabanos foram derrotados pelo poder de fogo e perícia bélica dos inimigos, mas os sobreviventes conseguiram fugir para Vigia, atravessando a baía do Sol (MEIRA, 1978).

Na segunda metade do século XIX, os sítios agrícolas do norte florescem impulsionados pelo trabalho dos escravos africanos e desenvolvem-se as plantações de pimenta e tabaco; a coleta de sementes oleaginosas, frutas e plantas medicinais e a criação de caprinos. É a época da Casa Grande (ainda existe intacta a do Sítio Conceição, na Baía-do-Sol) e senzala. Enquanto isso, a povoação de pescadores existente no sul aumenta, sendo transformada na Freguesia de Nossa Senhora do Ó, em 10 de outubro de 1868. Com o desenvolvimento e expansão da atividade comercial, é elevada à categoria de Vila, já no período republicano, no dia 06 de julho de 1895 (MEIRA, 1978).

No fim do século XIX e início do XX, a ilha é descoberta como balneário pelos europeus e americanos que trabalhavam em Belém, nas empresas estrangeiras. Essa busca de um fim-de-semana tranquilo e repousante passou a ser imitada pelas pessoas bem aquinhoadas da Capital, além de comerciantes portugueses, hebraicos e libaneses. Como reflexo da época áurea da borracha, foram construídos, na orla praiana, inúmeros casarões e palacetes, cuja arquitetura mescla os estilos europeus com as características regionais.

No dia 26 de fevereiro de 1901, a Vila passou a ser Distrito de Belém e, com a instalação de uma linha fluvial regular e a inauguração de um novo trapiche (06.09.1908), viu crescer o número de visitantes e veranistas. Assim, a ocupação da orla praiana da ilha (costa oeste) aconteceu de forma progressiva, sendo os veículos de tração animal (caleches e tilburis), o ferro-carril (bondinho puxado a burro; depois pequena locomotiva com cinco vagões) e, finalmente, os “auto-omnibus” responsáveis pela descoberta de espaços até então desconhecidos da maioria da população que visitava Mosqueiro (MEIRA, 1978).

Hotéis começaram a ser edificados, o comércio ampliou-se, ocorrendo um reorganização do espaço em função da implementação da atividade turística concomitante ao crescimento industrial local, como pode ser observado com a inauguração, em 1924, da Usina Santo Antônio da Pedreira (Fábrica Bitar), instalada na antiga Ponta da Musqueira, para o beneficiamento de borracha; da Serraria Nossa Senhora de Nazareth; da Cerâmica Nossa Senhora de Nazareth; da Cerâmica Santa Maria; das fábricas de gelo e de redes (MEIRA, 1978). Um marco significativo desse período foi a diversificação da atividade econômica local, que, até então, estava concentrada na pesca artesanal.

A iniciativa particular interessada em promover o desenvolvimento do turismo, depois apoiada pelo poder público, passou a investir em infraestrutura na ilha de Mosqueiro, promovendo ações como a construção da estrada Engenheiro Augusto Meira Filho (a Belém-Mosqueiro ou PA – 391). A travessia dos carros para a ilha era realizada por meio de “ferry-boats” (balsas). Posterior a este empreendimento, foi necessária, também, a construção de uma ponte para vencer o trecho de área alagadiça. Assim, em 12 de janeiro de 1976, o então Presidente da República Ernesto Geisel, entre outras autoridades presentes, inaugurou a ponte Sebastião Rabelo de Oliveira, com 1.457, 35m de extensão sobre o Furo das Marinhas (MEIRA, 1978).

Ligada ao continente, a ilha, hoje, ostenta as marcas do progresso; algumas de forte pressão antrópica, infelizmente, causam danos aos recursos naturais e ao equilíbrio ecológico indispensáveis à manutenção da qualidade de vida. Imigração desenfreada, ocupação desordenada por sem-terra, sem-teto e grileiros, especulação imobiliária e a falta de educação ambiental, de campanhas de conscientização, de políticas públicas e de medidas governamentais seguras concorrem para o surgimento de problemas sócio-eonômico-ambientais que, de certa forma, prejudicam a vocação natural da ilha do Mosqueiro para o turismo.

Com a especulação imobiliária, a população local começava a ser “desalojada” pela compra de seus terrenos por turistas. Houve uma proliferação de diversos condomínios que, na qualidade de segunda residência da população de Belém, serviam como oportunidades de emprego aos moradores locais, os quais mudavam seus hábitos comuns de trabalho, para desenvolverem funções de caseiros, motoristas, garçons, enquanto suas mulheres trabalhavam como domésticas e camareiras nos hotéis e pousadas da ilha.

O crescente fluxo de turistas na ilha de Mosqueiro configurou uma nova forma de apropriação do espaço. O envolvimento de equipamentos ligados ao agenciamento iniciou um processo de promoção da estrutura organizacional do setor turístico, através de elementos como transporte e hospedagem, de modo a proporcionar um barateamento dos custos da viagem e permitir, consequentemente, que um grande número de pessoas viajasse.

Atualmente, observa-se uma expansão considerável da área urbana, concomitante à aquisição e venda de terrenos e à construção de casas, consolidando o processo de apropriação privada nos moldes das sociedades modernas.

Outro aspecto notório é o aumento da população local. Embora não existam dados atualizados, em 2.000 a população era de 27.896 hab., sendo que aproximadamente 93,7% da população residente na ilha vive na área urbana (SEGEP, 2006; IBGE, 2000). Nos dias atuais estima-se que estes números estejam em torno de 40.000 hab. para a população fixa e a flutuante, em 400.000 hab., nas altas temporadas.

O Plano Diretor de Belém (Lei nº 7.603/93) dividiu a ilha de Mosqueiro em dezenove (19) bairros (Figura 2), que são as áreas mais densamente ocupadas. No âmbito jurídico-administrativo a ilha de Mosqueiro é denominada de Distrito Administrativo de Mosqueiro (DAMOS) - (PMB/Plano Diretor de Belém, 2006; BRANDÃO, 2002). O distrito administrativo de Mosqueiro não se restringe somente à ilha de Mosqueiro. É um conjunto de pequenas ilhas que fazem parte do município de Belém (Figura 2).

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Figura 2. Distrito administrativo de Mosqueiro - DAMOS.

Fonte: Adaptado do Plano Diretor de Belém (2006).

Embora, no mapa do Distrito Administrativo de Mosqueiro (DAMOS), o maior destaque seja dado para os bairros localizados na área de ocupação mais consolidada de Mosqueiro, vale frisar a existência da comunidade Beira-do-Rio, às proximidades do Furo das Marinhas (ou rio Tauarié), tendo como acessos a ponte Sebastião Rabelo de Oliveira e a estrada PA-391. Observa-se também o crescimento da povoação ao longo dessa estrada. Outros núcleos populacionais merecem ser destacados que são as comunidades ribeirinhas de Caruaru, Itapeuapanema e Mari-Mari.

A economia tem por base o comércio (formal e informal), a pesca artesanal, a agricultura de subsistência, a construção civil, o artesanato e atividades em residências (caseiros e diaristas) e em órgãos oficiais (empregos efetivos e temporários).

Segundo pesquisa realizada “in loco”, na ilha existem 02 escolas particulares de ensino fundamental e 01 Curso Pré-vestibular, a população conta com 06 escolas da rede estadual (03 de ensino médio e 03 de ensino fundamental) e 07 escolas da rede municipal (todas de ensino fundamental). A Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA) administra, no Distrito, 01 Centro Educacional e 03 Creches destinadas à Pré-escola. Também existem 02 unidades educacionais anexas à rede municipal, funcionando nas comunidades de Caruaru e Castanhal do Mari-Mari.

Na área da Saúde, além de 01 laboratório particular, existem 06 unidades administradas pela Prefeitura de Belém: 01 Hospital (que foi de referência na década de 70, mas hoje, só atende urgência e emergência) e 05 Postos de Saúde. Há 08 farmácias em funcionamento.

Os serviços públicos oficiais são ofertados por 01 Agência Distrital, 6°. Grupamento do Corpo de Bombeiros, 01 Quartel da Polícia Militar do Estado, 01 Seccional da Polícia Civil, 01 Delegacia de Polícia, 01 Fórum, 01 Agência de Correios e Telégrafos, COSANPA, SAAEB, REDE CELPA, Centro Cultural Praia Bar e TELEMAR.

Na rede bancária, pode-se contar com 03 Agências (Banco do Brasil, BANPARÁ e Itaú), 02 Postos de Serviços (Caixa Econômica na Lotérica da Vila e BRADESCO na Agência de Correios) e 01 Banco Comunitário (TUPINAMBÁ), na Baía-do-Sol.

No setor de transporte, há 01 Terminal Rodoviário, com ônibus semi-urbanos (classe turística ou não); urbanos, táxis e transportes alternativos como vans e moto-táxi. A linha fluvial encontra-se desativada.

A rede hoteleira é formada por 08 hotéis, destacando-se o HOTEL FAROL (o mais antigo e patrimônio histórico da ilha) e o HOTEL-FAZENDA PARAÍSO (o mais moderno), além de 07 pousadas bastante acolhedoras. Bares, restaurantes e pizzarias num total de 12 funcionam diariamente, assim como diversas barracas de praia, onde se podem degustar pratos com diferentes frutos-do-mar. Na Praça da Matriz, há 01 Tapiocaria, edificação em estilo francês e ponto de parada obrigatória para os visitantes que desejam saborear o café da manhã acompanhado de uma das mais famosas iguarias amazônicas: a tapioquinha mosqueirense.

No abastecimento, além de 03 mercados municipais, onde se podem encontrar carnes, peixes, mariscos e uma diversidade de frutas, verduras e legumes, há alguns açougues, 08 mercadinhos e uma fábrica de gelo.

Para ligação com o mundo através da Internet, concorrem os serviços de pelo menos 03 Cybers Café.

3. A ELABORAÇÃO DO MAPA TURÍSTICO AMBIENTAL

Estudos foram desenvolvidos sobre a ilha de Mosqueiro analisando diferentes aspectos como a história e a cultura (WANZELLER, 1999; MEIRA FILHO, 1978; BRANDÃO, 2006); e a análise da questão ambiental (VENTURIERI, 1998; SALES, 2005), entre outros. Todos estes dados disponíveis foram organizados e sistematizados para construir-se um quadro das principais características ambientais e socioeconômicas da ilha de Mosqueiro, por serem fontes essenciais para a elaboração correta do mapa turístico ambiental.

Essa etapa da pesquisa é o momento do raciocínio analítico empregado para obter a visão elementar e sucinta da área de estudo. Os procedimentos adotados na elaboração dos mapas analíticos foram extraídos do trabalho de Lameira (2009) e Martinelli (1994), que analisam os aspectos ambientais e socioeconômicos da paisagem.

A base cartográfica teve como orientação a carta topográfica do IGBE (2010) na Escala 1:250.000 e refinada para a escala 1:100.000, mediante a interpretação visual de imagem de satélite LandSat TM5 223061 bandas 3R4G5R de 2008.

O trabalho de campo serviu para ajustar e editar informações de base como localidade, rede de drenagem, entre outros. Este momento contribuiu para construir um perfil da população local no que se refere à prática do turismo e reconhecimento paisagístico das principais características socioambientais.

Os mapas analíticos (representação de um único tema, permitindo sua leitura em nível elementar, sem sugerir as causas ou explicações) e o mapa de síntese (representação de mais de um tema, com ênfase nas descrições gerais do espaço, numa leitura mais complexa e integrada do mundo real) foram elaborados no programa ArcGis e ENVI. Tais construções gráficas tiveram como meta a compreensão das relações de proporcionalidade (Q), ordem (O) e diversidade (≠), entre os objetos, mediante o emprego de variáveis visuais de mesma natureza para transcrever sem ambiguidades a realidade local (LAMEIRA 2009; MARTINELLI, 2003).

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Considerando os aspectos ambientais e socioeconômicos analisados, o turismo de sol e praia é o que impera na ilha, bastante procurada por turistas e visitantes, principalmente em épocas de alta temporada como fevereiro e julho. As praias mais frequentadas são Farol, Chapéu Virado, Murubira, Ariramba, Marahu, Paraíso e Grande da Baía-do-Sol.

O período de alta temporada (fevereiro e julho) é marcado pelo aumento significativo da população. Nessas ocasiões, são organizados pela Prefeitura Municipal de Belém eventos sócio-esportivo-culturais na orla das praias e/ou na Praça da Matriz. Pela manhã, os banhos de sol e mar doce são as principais atrações, quando cada centímetro da orla das praias é bastante disputado (Figura 3). À noite, a diversão é garantida pela apresentação de bandas no coreto da Praça da Matriz (Figura 4) ou casas de shows como o Portal da Ilha, Fuxico do Farol, Sítio da Ilha e Hotel-Fazenda Paraíso, entre outros.

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Figura 3. O turismo de alta temporada na bonita e concorrida praia do Farol.

Fonte: Feio (Jul/2009).

Figura 4. O coreto da praça, palco tradicional de pequenos shows musicais.

Fonte: Feio (Jul/2009).

Outro ponto de atração turística são os antigos casarões em estilo eclético existentes, principalmente na orla praiana da ilha de Mosqueiro, como o Canto do Sabiá, que serviu de morada para uma família de origem alemã na época da 2ª Guerra Mundial. Trata-se de vivenda em estilo alemão localizada na praia do Bispo (Figura 5). Segundo Wanzeller (2010), outro bom exemplo é o Bar Elite (antes pousada, agora casa comercial), patrimônio arquitetônico em estilo francês localizado na Praça da Matriz e construído em 1934, sendo réplica de um prédio existente em Paris (Figura 6).

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Figura 5. O Canto do Sabiá, vivenda em estilo alemão localizada na praia do Bispo. Fonte: Agrassar (mar/ 2010).

Figura 6. Bar Elite, construído em 1934, é réplica de um prédio parisiense.Fonte: Feio (Jul/2009).

São legados europeus que refletem a influência da época áurea da borracha na história de Mosqueiro. Todos estes elementos culturais permitem resgatar parte da história da Amazônia e, em particular, do Pará. Infelizmente, alguns desses casarões (patrimônio histórico esquecido pelo poder público) estão-se deteriorando por ausência de políticas públicas que incentivem a restauração destes bens e outros, sendo demolidos ou adaptados para o comércio, mudando suas características originais.

Um espaço que tem ganhado destaque é o interior da ilha (Figuras 7 e 8). Ainda desconhecido por muitos, guarda singelas povoações, habitações ribeirinhas e uma grande variedade de trilhas e cursos d‘água, que possibilitam o ecoturismo autossustentável na região.

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Figura 7. Passeio fluvial pelo rio Pratiquara.Fonte: Agrassar (Set/2009).

Figura 8. Trilha ecológica Olhos d’ÁguaFonte: Marcos Silveira (Set/2009).

Tais informações, quando contempladas em conjunto, permitem dizer que a orla da ilha é uma área de ocupação consolidada já bem conhecida e apropriada ao turismo de sol e mar. A região interiorana de Mosqueiro é mais indicada para o desenvolvimento do ecoturismo, com belezas naturais relativamente preservadas e um complexo sistema de drenagem (Figura 9).

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Figura 9. Mapa ambiental da ilha de Mosqueiro.

Fonte: Adaptado de IBGE (2006); DAMOS (2006).

O mapa evidencia também que as áreas de várzea estão gradativamente sendo incorporadas à área urbana ou à atividade agropecuária, ainda que estejam legalmente protegidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) por serem áreas susceptíveis á degradação ambiental. As margens das estradas também são fortes incentivos de ocupação, como pode ser observado no trecho entre o bairro do Carananduba e a Beira do rio que tem sido alvo de ocupação irregular sem qualquer planejamento de ordenação territorial, sendo considerada uma área de ocupação recente.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O estudo mostra que existem três aspectos que podem ser explorados na atividade do turismo na ilha de Mosqueiro: (i) a orla; (ii) os prédios antigos e (iii) a região das ilhas. A orla é uma área de ocupação consolidada, na qual se observam a presença de infraestrutura e variedade de lindas praias, indicadas para o turismo de sol e mar; Os prédios estão concentrados, principalmente, nas margens das praias ou no centro econômico de Mosqueiro. Tais construções revelam parte da história do processo de ocupação e fases econômicas da região amazônica, em especial do Estado do Pará, sendo indicados para o turismo histórico-cultural. A região interiorana é marcada pela presença de rios, igarapés, áreas de várzea, matas, pequenas ilhas e povoados, que podem ser explorados pelo ecoturismo.

Assim, pode-se dizer que tanto as belezas naturais como o patrimônio histórico-cultural permitem o desenvolvimento do ecoturismo e também do turismo cultural. Todavia, faz-se necessária uma perfeita integração entre o poder público e a comunidade, visando à prática de ações conjuntas que tornem a ilha mais valorizada como um atrativo turístico.

A expansão da atividade antrópica é um dado preocupante, pois tem aumentado a área de conversão da cobertura vegetal em diferentes tipos de uso da terra, fato que deve ser levado mais a sério. Uma opção é criar campanhas de educação ambiental, antes que a região das ilhas se torne espaços mais conhecidos.

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